quarta-feira, 20 de março de 2013


Presidente da Câmara pressiona PSC por renúncia de pastor em comissão

Moraes Filho da redação do Manancial de Carajás, com informações da Folha de São Paulo

Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse nesta quarta-feira (20) que aguarda "para os próximos dias" que a cúpula do PSC apresente uma "solução respeitosa" para o impasse sobre a permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa.

Manifestantes protestam contra o presidente
Em mais um dia de protestos, o deputado teve sua conduta à frente da comissão questionada publicamente pelo presidente da Casa nesta quarta-feira. O deputado foi chamado no início da noite no gabinete do presidente da Câmara.

Protestos contra o presidente da Comissão
Compareceram à reunião apenas o líder do PSC na Casa, deputado André Moura (SE), e o vice-presidente do partido, pastor Everaldo Pereira (RJ), que foram pressionados a pedir que Feliciano renunciasse.

"Mostrei a eles a nossa preocupação, porque a comissão estava praticamente sem condições de realizar os seus trabalhos. Pelo emocionalismo que tomou conta da questão. Então, consegui deles a sensibilidade e a generosidade de respeitosamente, nos próximos dias, reunir os seus membros do partido, o partido como um todo, a sua bancada, e encontrar uma solução que seja respeitosa para todos", disse Alves.

Alvo de protestos desde que foi indicado para comandar a Comissão de Direitos Humanos, a pressão pela renúncia do pastor ganhou força após ele divulgar um vídeo, na última segunda-feira (18), com críticas aos seus opositores na rede social Twitter. O vídeo chama de "rituais macabros" os atos contra a indicação do pastor para o cargo e questiona a conduta de seus opositores.
 
O presidente da Casa tem manifestado a colegas insatisfação com a permanência do pastor no comando da comissão. Alves tem dito, contudo, que não há margem regimental, como uma intervenção direta, para tirá-lo da presidência. Por isso, apelou à cúpula do partido.

"Vamos aguardar, vamos respeitar o tempo, respeitar a condução, respeitar o convencimento. Às vezes a pressa pode ser inimiga da perfeição", completou Alves.

"Assumimos o compromisso de fazer uma avaliação e principalmente do apelo do presidente para que a gente converse com o deputado para que analise a possibilidade de sair da presidência da comissão", disse Moura antes da reunião.

VAIAS

Sob vaias, Feliciano deixou a sessão da comissão desta quarta-feira pouco tempo após o início. A reunião acabou sendo suspensa devido aos protestos.

O pastor é criticado por ter opiniões consideradas homofóbicas e racistas por militantes dos direitos humanos. Ele responde no STF (Supremo Tribunal Federal) a inquérito por preconceito e discriminação.

No processo, ele é acusado de homofobia por um texto divulgado em seu Twitter. "A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, à rejeição." O pastor nega ser homofóbico, mas diz ser contra a união entre pessoas do mesmo sexo.


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