quinta-feira, 21 de março de 2013

Ações contra Marco Feliciano podem ter desviado atenção da nomeação de políticos controversos indicados para importantes comissões

Moraes Filho da redação do Manancial de Carajás, com informações da Gospel +

A Câmara dos Deputados funciona internamente à base de acordos políticos, e na questão das comissões de trabalhos, os prazos para eleições de presidentes são pré-estabelecidos. A eleição do pastor Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) foi apenas uma entre as várias eleições que ocorreram simultaneamente.

O pastor Silas Malafaia publicou em seu site um texto questionando o barulho feito em torno das polêmicas que Marco Feliciano havia se envolvido, deixando a entender que o pastor evangélico estaria sendo usado como um personagem de distração para desviar a atenção de outros deputados com currículos questionáveis e que foram eleitos para presidir comissões importantes.

“Ao mesmo tempo que o pastor Marco era empossado na CDHM, dois deputados do PT, José Genoíno e João Paulo Cunha, ambos condenados pelo Supremo Tribunal Federal no crime do mensalão, foram empossados na mais importante comissão da Câmara dos Deputados, que é a Comissão de Constituição e Justiça. Eles precisavam desviar da sociedade o foco deste fato, e como têm poder na mídia, e como todo mundo sabe que a mídia não é a nosso favor, juntou a fome com a vontade de comer para que a sociedade não perceba que dois condenados do PT participam da mais importante Comissão da Câmara”, escreveu Malafaia.

Um terceiro político envolto em escândalos, o deputado federal João Magalhães (PMDB), que enfrenta acusações de desvio de verbas e teve seus bens congelados por ordem da Justiça Federal de Governador Valadares, que decretou em dezembro de 2012, o bloqueio de R$ 14 milhões do deputado, foi indicado para a Comissão de Finanças e Tributação.

Um dos maiores conflitos de interesses aconteceu na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle do Senado, onde o ex-governador do Mato Grosso Blairo Maggi (PR) foi eleito como presidente. Blairo é um ruralista e um dos maiores produtores de soja do Brasil.

O professor de ética e filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Roberto Romano, declarou ao UOL que essas indicações comprometem a credibilidade do poder legislativo: “Os parlamentares estão colocando, em longo prazo, um prego no caixão da democracia. Se ao menos houvesse agora adversários [do regime democrático] do lado de fora pregando fim do poder… Mas são eles mesmos, lá dentro, que estão conduzindo o cortejo fúnebre da ordem democrática”, criticou.

Roberto Romano critica ainda o Partido dos Trabalhadores, por suas escolhas, já que antes de Feliciano, quem presidia a CDHM era um parlamentar petista: “O PT, por exemplo, tem em seu estatuto a obrigação de defender os direitos humanos, mas escolheu outras comissões.

O que pode ser mais importante na defesa de um país do que mulheres que são mortas dentro de casa, empresas que mantenham trabalho escravo ou crianças sendo estupradas? É interessante notar não apenas quem assumiu essa comissão, mas aqueles todos que abriram mão dela”, pontuou.

O pastor Silas Malafaia seguiu a mesma linha de raciocínio: “Durante 16 anos o Partido dos Trabalhadores (PT) presidiu a CDHM. Nesse período, esta comissão foi usada tremendamente para apoiar a causa do ativismo gay. Por motivos inconfessáveis eles não a quiseram mais, e, na partilha política, a comissão ficou com o Partido Social Cristão (PSC)”.

Muito se questionou a respeito da indicação do pastor Marco Feliciano e pouco se falou a respeito dos parlamentares que se já não estão condenados, enfrentam processos com congelamento de bens e que agora integram importantes comissões no Congresso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Idoso toma xixi há 30 anos e diz que líquido “trata tudo”, inclusive câncer

O idoso promete ajudar as pessoas a desvendar os segredos por trás da própria urina, e até sugere que o produto pode ser usado para tratar t...