sábado, 7 de julho de 2012

Polícia civil conclui inquérito sobre confronto na Fazenda Cedro, no Pará

Quatro integrantes do MST são apontados como responsáveis pelo conflito com a guarda armada da fazenda em Marabá.

Do G1 PA
Comente agora
Integrantes do MST faziam protesto na Fazenda Cedro. (Foto: Divulgação / Agência Pará) 
Integrantes do MST faziam protesto na Fazenda Cedro.
(Foto: Divulgação / Agência Pará)

A Polícia Civil (PC) do Pará concluiu nesta sexta-feira (06) o inquérito sobre o confronto entre integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a guarda armada do Grupo Santa Bárbara, na Fazenda Cedro, em Marabá, no Pará

Segundo a Delegacia de Conflitos Agrários (DCA), quatro integrantes do MST estão sendo responsabilizados pelo ocorrido no dia 21 de junho, quando 14 pessoas ficaram feridas.

"Com base nos laudos periciais, nos vídeos cedidos pelo MST e pela escolta armada e nos mais de 50 depoimentos coletados, o delegado Aurélio Paiva, responsável pelo caso, concluiu que foram os integrantes do MST os responsáveis pelo confronto", explicou Vitor Leal, delegado da DCA.
Segundo Vitor Leal, o inquérito já foi enviado à justiça e o juiz deve encaminhar o documento ao Ministério Público, que vai avaliar a materialidade das informações e se a autoria dos delitos está comprovada. 

Caso o Ministério Público acate o inquérito, os integrantes do MST serão indiciados por vários crimes como formação de quadrilha, invasão, dano qualificado e incitação. Juntos eles podem fazer com que os integrantes do MST sejam presos por até 28 anos.
 
“Ficam claras as condutas agressivas e invasivas dos manifestantes do MST, que notadamente soltaram rojões, atiraram paus e pedras no infeliz momento da manifestação, no que redundou na destruição do patrimônio da Fazenda Cedro e na invasão de diversos prédios daquele grupo, fato este que não teria acontecido se fosse uma manifestação de forma pacífica e ordeira”, escreveu o delegado Aurélio de Paiva no inquérito policial.

Mais famílias chegam para ocupar a Fazenda Cedro (Foto: Reprodução/TV Liberal) 
Após confronto, mais famílias chegaram para ocupar a Fazenda
 Cedro (Foto: Reprodução/TV Liberal)

 MST questiona resultado das investigações

 
Ainda não notificados sobre o caso, representates do MST no Pará dissem que a conclusão do inquérito é lamentável e tendenciosa. "Ainda na semana passada reunimos com a Secretária de Estado de Segurança Pública (Segup) e reforçamos o pedido de punição rigorosa contra a violência em relação aos trabalhadores. É lamentável e tendenciosa essa conclusão da polícia e da Segup", explicou Ulisses Manaças, coordenador do MST no estado.

Para ele, o resultado do inquérito não explica quem é responsável
pelo fato de 14 pessoas terem sido feridas.

"Os feridos mostram que houve uma violência desmedida de um só lado. Esse fato não é explicado na conclusão policial, que, por isso, só pode ser tendenciosa. Até uma semana após o confronto, nenhum integrante do que chamados de milícia armada tinha sido apresentado como ferido no incidente. 

Nem mesmo os que foram para a delegacia logo após a confusão tinham qualquer indício de que estavam machucados. Mas três trabalhadores passaram por cirurgia para retirada de balas", conta Ulisses Manaças.

Segundo o MST, tão logo sejam notificados oficialmente, o movimento deve organizar a defesa dos líderes  com a juda da comissão jurídica da Comissão Pastoral da Terra (CPT). "Estamos tranquilos porque os fatos sobre o que aconteceu são evidentes", considera o coordenador.

Sem-terra na fazenda Cedro (Foto: Divulgação / Agropecuária Santa Bárbara) 
Sem-terra na fazenda Cedro (Foto: Divulgação / 
               Agropecuária Santa Bárbara)

Postador:  Manancial de Carajás

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Idoso toma xixi há 30 anos e diz que líquido “trata tudo”, inclusive câncer

O idoso promete ajudar as pessoas a desvendar os segredos por trás da própria urina, e até sugere que o produto pode ser usado para tratar t...