quinta-feira, 8 de março de 2012

Após ter velório e enterro, homem tenta provar que vive


Há quatro anos, ex-mulher reconheceu um corpo como sendo de Antônio. 'Onde eu chego é morto vivo. Ficou complicado', reclama Antônio Rodrigues.

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Após ter velório e enterro, homem tenta provar que vive
Antônio Rodrigues
 

Brasil - Antônio Rodrigues, 43 anos, foi dado como morto pela própria mulher e agora tenta provar que ainda está vivo, no município de Canindé, no sertão central do Ceará. Ele teve velório e até “está enterrado” há quatro anos em uma cova no cemitério da cidade. Pelo menos é o que diz o documento de liberação do corpo, emitido pela Polícia Civil do Ceará em fevereiro de 2009. Desde então, ele afirma que tem problemas. “Ficou ruim de eu trabalhar, ficou ruim de eu vender os negócios. Onde eu chego é morto vivo. Ficou complicado”, reclama Antônio.

Mas o enterro foi um engano. Antônio Rodrigues trabalhava como caixeiro viajante, ou galego, o famoso vendedor de porta em porta. Por causa da profissão, a família pouco sabia por onde ele andava. Numa dessas viagens, ele estava em Tejuçuoca, no Norte do estado, quando a família
recebeu a notícia de que o corpo de alguém parecido com ele havia sido encontrado em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza.

A ex-mulher dele foi ao Instituto Médico Legal (IML) e reconheceu o corpo como sendo o do ex-marido. Houve o velório, o enterro e, um dia depois, ele reapareceu. “Uma pessoa que passa 20 anos com a pessoa e não reconhece o corpo”, questiona Antônio. A ex-mulher de Antônio Rodrigues, Lurdirene dos Santos Freitas, disse que só reconheceu o corpo porque toda a família de Antônio, inclusive as irmãs dele, afirmavam que o corpo era do ex-marido.


O enterro teve até testemunhas. Quer melhor que o próprio coveiro? “O corpo chegou, a gente colocou na capela que tem aqui no cemitério. E eu vim cavar aqui para poder enterrar”, relata o coveiro, José Vieira da Silva Filho.
Não existe

Por conta do engano, Antônio Rodrigues, formalmente, não existe. O advogado da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Secção Ceará (OAB-CE) explica como ele pode resolver o impasse. “Ele pode entrar na Vara de Registros Públicos, na capital ou na vara cível mesmo em Canindé, requerendo a anulação dessa certidão de óbito”, disse.

De acordo com Férrer, deve ser feito também pelo Ministério Público uma apuração de quem fez o ato criminoso, assim como o vendedor autônomo pode entrar com uma ação de indenização contra as pessoas responsáveis, inclusive o cartório.

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