quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

EDUCAÇÃO PRISIONAL

Investimentos em educação prisional colocam o Pará acima da média nacional

A média nacional de presos estudando em todo o país é de 10%, enquanto no Pará esse índice é de 11,9%.
A Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) quer ampliar os indicadores da educação prisional no Estado - que encerrou 2014 com 1.705 internos matriculados em cursos regulares - com a criação de novos projetos educacionais, abertura de salas de aulas nas unidades prisionais que estão em construção e aumento no número de vagas em cursos profissionalizantes. A meta é investir na formação pedagógica e profissional da população carcerária por meio de iniciativas já existentes, como o Programa de Alfabetização, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Projovem Prisional e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - Pronatec, e também incorporar novos mecanismos de inclusão por meio da educação.

De acordo com a gerente da Divisão de Educação Prisional (DEP), Aline Mesquita, a novidade para este ano é o projeto de remissão de pena “Resgatando a Dignidade Através da Leitura”, que será desenvolvido a partir de uma parceria entre a Defensoria Pública do Estado e a Susipe. A cada obra literária que for lida o interno terá quatro dias reduzidos da pena, desde que obedecido o prazo mínimo de 30 dias para a leitura. É necessário que o preso saiba saber ler e escrever e seja maior de 18 anos. Os detentos que têm o Ensino Médio completo, ao final, produzirão uma resenha, e os que não tem farão apenas uma redação.


A novidade para 2015 é o projeto “Resgatando a Dignidade Através da Leitura”, fruto de uma parceria entre a Defensoria Pública do Estado e a Susipe
A remissão de pena através da leitura foi implantada no ano de 2012 em presídios federais por resolução do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em conjunto com a Justiça Federal. Posteriormente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) baixou uma resolução orientando os tribunais de todos os Estados brasileiros a implementarem o projeto.

Hoje são 27 unidades prisionais equipadas com salas de aula, e a meta para 2015 é instalar bibliotecas em todas as unidades prisionais e expandir o projeto Arca da Leitura, bilbioteca móvel que leva obras literárias para dentro das celas, contribuindo para a reintegração e educação dos detentos. Hoje, o sistema penitenciário paraense conta com um acervo de quase 18 mil livros, distribuído em 18 unidades prisionais.

O ano de 2014 foi marcado também pela ampliação do número de vagas ofertadas para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Em 2013, apenas 90 detentos participaram dos cursos, já no ano passado esse número saltou para 730, dentre os quais 600 foram contemplados com a certificação profissional.

Os avanços na educação prisional fizeram do Estado uma referência em gestão penitenciária. A média nacional de presos estudando em todo o país é de 10%, enquanto no Pará esse índice é de 11,9%. Nesse ranking, o Pará fica à frente de Estados como Minas Gerais (11,1%), Santa Catarina (7,8%), Rio de Janeiro (7,5%), São Paulo (5,7%) e Rio Grande do Sul (7,8%), como indica o último levantamento sobre a educação prisional no país feito pelo Ministério da Justiça, em 2013.

Timoteo Lopes
Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará

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Foto e Fonte; Agência Pará. Postador: Manancial de Carajás

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