quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

JULGAMENTO

Assassino de Décio Sá é condenado a 25 anos e três meses de reclusão

Assassino confesso do jornalista e blogueiro Décio Sá, Jhonatan de Sousa Silva foi condenado a 25 anos e 3 meses de prisão, pelo Tribunal do Júri num julgamento que encerrou na madrugada desta quarta-feira. Ele inicialmente começará a cumprir a pena no presídio federal de Campo Grande (MS), onde estava detido.

Além de Jhonatan Silva, o piloto da moto Marcos Bruno de Oliveira foi condenado pelos jurados a 18 anos e 3 meses de cadeia começa a cumprir prisão no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Além do assassinato triplamente qualificado, os dois também foram condenados por formação de quadrilha.

O veredito foi proferido já na madrugada pelo juiz Osmar Gomes, que presidiu os trabalhos do júri popular, iniciado na última segunda-feira (3), e fixou a pena aos réus, após o Conselho de Sentença decidiu que Silva e Oliveira são culpados dos crimes que foram acusados.

O advogado  Pedro Jarbas disse que vai recorrer da sentença aplicada a Marcos Bruno. Já o promotor Benedito Coroba afirmou que  vai solicitar a ampliação das penas.

No último dia de julgamento, Jhonatan Silva e Marcos Bruno de Oliveira mudaram seus depoimentos. O assassino confesso do jornalista Décio Sá, por exemplo, ao contrário do que já havia afirmado em juízo, disse não ter sido contratado pelo empresário José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, mas apenas por seu "cobrador de cheques", identificado como Neguinho Barrão, e que este sim teria sido seu verdadeiro piloto de fuga.

"Eu menti, quando acusei o Júnior Bolinha, porque fiquei com muita raiva dele, pois imaginei que, como Neguinho não pagou o que me prometeu [R$ 100 mil pela morte de Décio Sá], poderia ter sido ele o verdadeiro contratante. Eu só queria encontrar um culpado para tudo, e como sempre o via andando com Neguinho, quis me vingar nele", disse.

Jhonatan Silva também acusou Neguinho Barrão disse o piloto da moto que lhe deu fuga, e não Marcos Bruno Oliveira. "Foi Neguinho quem pilotou a moto para que eu fizesse o serviço e depois fugisse", afirmou.

Da mesma forma que o assassino, Marcos Bruno de Oliveira também se embaraçou ao responder aos questionamentos dos promotores.  Acusado de dar fuga ao pistoleiro Jhonathan Silva, negou durante depoimento ter participado da execução do jornalista Décio Sá. Ele disse que na hora do crime estava na Vila São José, sozinho.

Embora tenha dito em depoimento à polícia que participou do crime, com minúcias de detalhes, ele afirmou ter sido torturado para assinar o documento. "Eu me pergunto até hoje porque a polícia me prendeu. O dono da moto, coincidentemente, tem o nome de Marcos Bruno, mas não fui eu. Eu não tenho o perfil de uma pessoa que faz esse tipo de coisa ", disse.

O advogado de defesa Pedro Jarbas afirmou que houve "falhas" da polícia na resolução do caso. Segundo ele, "o inquérito é lacônico em relação ao Marcos Bruno". Jarbas apelou aos jurados para que "Marcos Bruno não fosse mandado injustamente para a prisão”.

O promotor Haroldo Paiva de Brito – um dos três que atuaram no caso - chegou a pedir ao júri pena máxima (30 anos) para Jhonatan Silva.

Também serão julgados pelo júri popular Shirliano de Oliveira (foragido), o Balão, acusado de auxiliar o assassino; José Raimundo Sales Chaves júnior, o Júnior Bolinha (preso no Centro de Triagem do Complexo Penitenciário de Pedrinhas), acusado de intermediar a contratação do pistoleiro; os policiais Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros (em liberdade), acusados de participar de reuniões para tratar do assassinato de Décio Sá e do empresário Fábio Brasil; Elker Farias Veloso, acusado de auxiliar o assassino e a quadrilha tanto no assassino de Décio Sá quanto no de Fábio Brasil (preso em um presídio estadual em Contagem, MG); o capitão da PM, Fábio Aurélio Saraiva Silva, o Fábio Capita (em liberdade), acusado de fornecer a arma do crime; Fábio Aurélio do Lago e Silva, o Bochecha (em liberdade), acusado de hospedar o assassino após o crime; e os empresários Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José de Alencar Miranda Carvalho, pai de Gláucio (presos no Comando Geral  da Polícia Militar), acusados de mandar matar Décio Sá.

O advogado Ronaldo Ribeiro, que trabalhava para os mandantes Gláucio Alencar e José Miranda, foi excluído do júri por falta de provas. No entanto, o promotor Haroldo de Brito disse, que a polícia e o Ministério Público já possuem provas contra o acusado e devem indiciá-lo.

Foto e Fonte: http://www.brasil247.com/Postador: Manancial de Carajás

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