quarta-feira, 23 de outubro de 2013

ILEGAL

Exploração ilegal de madeira cresce 151% no Pará
O percentual corresponde a uma área de 73.535 hectares

A exploração ilegal de madeira no Pará voltou a aumentar substancialmente após três anos seguidos de queda. Segundo levantamento divulgado ontem pelo instituto de pesquisa Imazon, o crescimento no último ano, entre agosto de 2011 a julho de 2012, foi de 151% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O percentual corresponde a uma área de 73.535 hectares, equivalente a quase 70 campos de futebol. Apesar de não configurar como desmatamento, essa retirada selecionada de árvores é o primeiro passo do processo de degradação que pode levar ao corte raso, daí a preocupação com o seu crescimento.

Os pesquisadores observaram que, do total de 157.239 hectares de florestas exploradas, 122.337 hectares (78%) não tinha autorização. O levantamento foi feito com base na comparação de informações das Autorizações para Exploração Florestal (Autefs) - documentos emitidos pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará que regularizam a extração de modo controlado - e de imagens de satélite. O cruzamento mostrou que somente 34.902 hectares tinham autorização de retirada.


O aumento ocorreu principalmente nas regiões do Rio Marajó e no baixo Amazonas, mas também em áreas de assentamento de reforma agrária e em unidades de conservação, como as Florestas Nacionais (Flona) de Itaituba II, Trairão e Jamaxin. Algumas delas, como a Flona de Altamira, estão em processo de concessão florestal. "Antes de o governo chegar lá para regularizar a exploração, os madeireiros sacam a madeira e esgotam o recurso. Quando a concessão sair, já terão retirado tudo", afirma o engenheiro florestal André Monteiro, que liderou a pesquisa. Ele opina que um dos motivos para o aumento pode ter sido a liberação acima da média de Autefs em 2010.

Conforme o estudo, os cinco municípios com maiores áreas de exploração madeireira ilegal foram: Portel (margens do rio Amazonas), Pacajá (BR-230), Prainha (margens do rio Amazonas), Uruará (BR-230) e Trairão (BR-163).
Os dez municípios com as maiores áreas exploradas sem autorização no Estado do Pará  entre agosto/2011 e julho/2012:

Portel - 18.854 hectares
Pacajá - 11.837 hectares
Prainha - 9.177 hectares
Uruará - 8.749 hectares
Trairão - 8.219 hectares
Santarém - 7.723 hectares
Moju - 6.429 hectares
Tailândia - 6.250 hectares
Ulianópolis - 5.796 hectares
Paragominas - 4.600 hectares

Foto: Evandro Corrêa (O Liberal). Fonte: O Liberal/por Thiago Vilarins, da Sucursal em Brasília. Postador: Manancial de Carajás

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