sexta-feira, 29 de março de 2013

Barbosa diz que imprensa deve vigiar vida pública

Presidente do STF foi escolhido Personalidade do Ano na 10ª edição do prêmio “Faz Diferença”

Moraes Filho da redação do Manancial de Carajás, com informações da Revista Consultor Jurídico

O presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, foi escolhido Personalidade do Ano na 10ª edição do Prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo. Em seu discurso de agradecimento, Barbosa defendeu que a vida pública deve ser vigiada pela imprensa, e que a transparência e abertura total e absoluta devem ser a regra.

Joaquim Barbosa destacou a sinergia entre a imprensa e o Judiciário. “É uma sinergia grande, importante e relevante para um setor tão impenetrável, que tem a missão de julgar. Vou continuar fazendo o que sempre fiz: ter sempre o interesse público em primeiro lugar”, disse Barbosa, que foi aplaudido pelos convidados.

Recentemente, o presidente do Supremo foi convidado a ser palestrante em dois eventos sobre imprensa. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) convidou o ministro para ser um dos palestrantes do congresso internacional da entidade, que debaterá as relações entre fontes e jornalistas no Judiciário. O encontro está marcado para outubro, no Rio.

Também foi convidado pela Unesco para dar uma palestra no dia 4 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, em San José, na Costa Rica. Sobre esse evento, o ministro afirmou que espera poder relatar a robustez da imprensa do Brasil e o papel na democracia, “principalmente no setor ao qual pertenço, que é o Poder Judiciário”, afirmou.

Relação com a imprensa
No início de março o presidente do Supremo foi criticado após se dirigir de maneira ríspida ao repórter Felipe Recondo, do jornal O Estado de S. Paulo. O repórter o abordou com uma pergunta na saída de uma sessão do Conselho Nacional de Justiça. Além de não responder ao questionamento, o ministro falou para o jornalista “chafurdar no lixo” e o chamou de “palhaço”.

De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, o motivo para o ministro Joaquim Barbosa ter reagido dessa forma pode ter relação com levantamento sobre gastos com viagens e reformas em gabinetes e apartamentos dos ministros feito pelo jornal em que Recondo trabalha.

Em nota, a assessoria de imprensa do Supremo justificou o ocorrido dizendo que “o presidente, tomado pelo cansaço e por fortes dores, respondeu de forma ríspida à abordagem feita por um repórter”. A nota afirma ainda tratar-se de “episódio isolado que não condiz com o histórico de relacionamento do ministro com a imprensa”.

Poucos dias antes o ministro já havia sido alvo de críticas por parte dos magistrados, após afirmar que os juízes brasileiros têm mentalidade “mais conservadora, pró status quo, pró impunidade”, em entrevista coletiva exclusiva para jornalistas estrangeiros.

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