sábado, 5 de novembro de 2011

5 de novembro de 2011

Pará quer título de área livre de aftosa

Iniciado pelas regiões sul e sudeste, ja elevadas ao status de área livre com vacinação


O Estado do Pará iniciou este mês pelas regiões sul e sudeste, já elevadas ao status de área livre com vacinação, a segunda etapa da campanha de erradicação da febre aftosa, desenvolvida em todo o Brasil pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na região Norte do Brasil, essa etapa começou em outubro por três Estados

- Roraima, Rondônia e Amapá, que, juntos, abrigam um rebanho de 12,8 milhões de cabeças, entre búfalos e bovinos.

Nas regiões sul e sudeste do Pará, a vacinação do rebanho se estenderá até o dia 30 de novembro, de acordo com informação prestada ontem pelo diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará), Mário Moreira. No período de 14 de novembro a 14 de dezembro, a vacinação contra febre aftosa será realizada simultaneamente no nordeste paraense e no Baixo Amazonas, áreas consideradas ainda de médio risco de contaminação. A mesma classificação é atribuída ao Marajó.

Nas regiões sul, sudeste, nordeste e oeste (Baixo Amazonas) do Pará, a vacinação é feita anualmente em duas etapas. A primeira delas foi realizada em maio deste ano e a segunda está começando agora. A exceção é o Marajó. No arquipélago, por motivos climáticos que impedem a vacinação no pasto em outros períodos do ano, a campanha ocorre anualmente em etapa única. Em 2011, ela se realizou entre 15 de agosto e 30 de setembro.

De acordo com Mário Moreira, a Adepará fixou como meta a ser alcançada o piso de 98% de cobertura vacinal em todo o Estado, já que o governo pleiteia o status de área livre de febre aftosa, o que abriria incondicionalmente as portas de todos os mercados do mundo à carne produzida no Pará. Para quem imagina tratar-se de uma meta ambiciosa demais, o diretor geral da Adepará lembra que ela foi superada na primeira etapa da vacinação.

Ele observou que, como o Pará ainda conta com áreas classificadas como de risco (médio) de contaminação, o alcance da meta - e se possível a sua superação - ganha ainda maior importância para o afastamento de riscos.

CONFIRMAÇÃO

Mário Moreira destacou que, após a vacinação, o produtor tem prazo de 15 dias para comprovar a imunização do rebanho, devendo para isso comparecer à unidade mais próxima da Adepará. A agência conta com escritórios ou postos de trabalho espalhados por todos os 144 municípios paraenses.

O Ministério da Agricultura trabalha com a perspectiva de erradicar a febre aftosa em território brasileiro até o final de 2013, mas vem realizando esforços com o objetivo de antecipar em seis meses o cumprimento da meta. Os últimos focos da doença no país foram verificados em 2006, no Paraná e Mato Grosso do Sul.

O empenho do governo brasileiro, correspondido pelo setor produtivo rural - no Pará, sob a liderança da Federação da Agricultura e Pecuária (Faepa) -, já foi reconhecido inclusive pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O representante regional da entidade, Luís Barcos, disse esta semana que, na avaliação da OIE, “o Brasil obteve um resultado muito bom, atendendo plenamente às normas da organização”.

QUANDO?

A 2ª etapa da campanha contra aftosa no Pará começa no dia 14 e se estende até o dia 30 deste mês, exceto no Marajó, onde a vacinação foi realizada em etapa única, entre agosto e setembro.

Novos mercados à vista

Detentor do quinto maior rebanho brasileiro, com 18,7 milhões de cabeças, segundo levantamento do Ministério da Agricultura com números relativos a 2010, o Estado do Pará já é hoje um grande fornecedor de carnes industrializadas para o mercado nacional e também para alguns grandes centros consumidores no exterior.

Desde 2007, conforme revelou ontem o presidente da Uniec - União das Indústrias Exportadoras de Carne do Estado, Francisco Victer, o Pará está presente no mercado mundial de carnes. Atualmente, ele estima que as exportações paraenses estejam em torno de 50 mil toneladas/ano. 


Os principais mercados são Rússia, Venezuela e países do Oriente Médio. Francisco Victer disse que, a partir do momento em que o Estado como um todo for classificado como área livre de febre aftosa, a tendência é se abrirem novos mercados no exterior à carne paraense. 

Hoje, a produção industrial do Estado está na faixa de 450 mil a 500 mil toneladas. Esse volume poderia ser muito maior, conforme frisou, se o Pará não exportasse vivo um terço do seu rebanho destinado ao abate, enquanto os grandes frigoríficos locais operam com capacidade ociosa.

Hoje o Pará responde, sozinho, por quase 10% do rebanho nacional de búfalos e bovinos. O rebanho brasileiro foi apurado em 208,5 milhões de animais no ano passado. Os Estados com maiores rebanhos são Mato Grosso (28,8 milhões de cabeças), Minas Gerais (22,6 milhões), Mato Grosso do Sul (21,5 milhões), Goiás (21 milhões) e Pará (19,1 milhões).

Na criação de bubalinos, o Pará lidera o ranking nacional, com 426 mil animais, seguido do Amapá (230,2 mil), Tocantins (87 mil), Maranhão (74,5 mil) e Rio Grande do Sul (69 mil).

Fonte: Diario do Pará

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Idoso toma xixi há 30 anos e diz que líquido “trata tudo”, inclusive câncer

O idoso promete ajudar as pessoas a desvendar os segredos por trás da própria urina, e até sugere que o produto pode ser usado para tratar t...