Dom Pedro Casaldáliga, uma vida em defesa dos oprimidos
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| Dom Pedro Casaldáliga |
A Prelazia de São Félix do Araguaia completou em 2010, 40 anos de criação, e a população da cidade tem muito a comemorar, pois nestes longos anos de fundada, a Prelazia foi a grande voz dos interesses sociais do povo da região, tendo como seu principal escudeiro o bispo Dom Pedro Casaldáliga, religioso de muita coragem e bravura, que soube como ninguém ensinar que acima do imperialismo está a lei e a dignidade humana.
Foi exatamente nestes 40 anos de prelado que o bispo Dom Pedro se viu acarretado de tarefas quase que impossíveis de serem cumpridas por um humano, mas em defesa dos interesses coletivos de uma sociedade carente de conhecimentos, e ao mesmo tempo oprimida pelos grandes latifundiários que invadiram a região e escravizaram os trabalhadores pobres, obrigados a trabalhar por míseros salários sem a devida observância da lei, foi que surgiu o bispo Dom Pedro. Ele, como bom pastor da Igreja Católica, resolveu que não seria mais permitido ficar olhando a decadência humana a se esfacelar cada vez mais sem que algo fosse feito para amenizar o sofrimento do povo.
Foi então que ele resolveu declarar guerra aos opressores do povo da região, avisou que a partir daquele momento, ninguém estava mais acima da lei, e que a igreja, a partir de então, seria a voz dos oprimidos. Este posicionamento de Dom Pedro enraiveceu os poderosos, os ricos, os bajuladores, até a polícia entrou nessa de perseguir os trabalhos do bispo, mas em nenhum momento ele se curvou diante dos questionamentos que lhe faziam e nem diante das constantes ameaças de mortes que lhe empunhavam os poderosos da região.
Hoje, depois de 40 anos de luta em defesa da sociedade, e de ter dado a vida em nome dos preceitos religiosos de sua missão como apóstolo de Deus, e já aposentado, Dom Pedro Casaldáliga ainda permanece de pé, com a convicção do dever cumprido. Sua voz, um tanto quanto cansada dos anos vividos, continua ecoando com força nos gabinetes presidenciais, nas universidades, no mundo, e nas comunidades que ele mesmo ajudou criar, onde é respeitado e admirado por tudo que fez e continua fazendo em defesa de um povo simples e humilde de uma região no norte do Mato Grosso, conhecida como “Baixo Araguaia”. Fonte/Ed. Brito
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