O
pastor renuncia não ao comando da Comissão de Direitos Humanos, e sim à própria
"privacidade e noites de paz" para que a família de todos os
brasileiros "seja preservada"
Moraes Filho da redação do Manancial de
Carajás, com informações da revista Exame.Com
São
Paulo - O deputado Marco Feliciano retransmitiu ontem, por meio de sua conta
oficial no Twitter, um link para um vídeo de apoio à sua permanência como
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Com o título "Pastor
Marco Feliciano renuncia", o vídeo em nenhum momento traz declarações de
Feliciano, e chama de "rituais macabros" os atos contra sua indicação
ao cargo, que vem provocando protestos e polêmicas há duas semanas em todo o
país.
Com
uma narração e trilha sonora dramáticas, o vídeo de quase nove minutos diz que
"pelos corredores os deputados a favor da causa LGBT organizaram de forma
obscura os protestos para coagi-lo a desistir".
As
imagens mostram declarações de membros da comissão, principalmente do deputado
e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ). A narração segue afirmando que os
discursos são "inflamados no preconceito contra cristãos".
Com
manchetes de jornais que mostram agressões de gays à heterossexuais ou a seus
próprios companheiros, o vídeo insinua que o ativismo gay é um movimento
violento.
A
deputada Érika Kokay (PT/DF), o deputado Jean Wyllys e o ativista Marcio
Retamero são chamados de "tendenciosos e agressivos" que visam à
aprovação de leis como a legalização da maconha, a "liberalidade sexual,
entre elas casamento de pessoas do mesmo sexo",a "pedofilia"
(referência aos debates sobre descoberta da sexualidade na infância),
regulamentação da prostituição e liberação do aborto.
Por
fim, a narração afirma que "por isso, Marco Feliciano decidiu
renunciar". Segundo o vídeo retransmitido pelo pastor, ele renuncia à sua
"privacidade, noites de paz e sono tranquilo, momentos preciosos com a
própria família a fim de não renunciar à Comissão de Direitos Humanos, para que
sua família seja preservada".
Confira
o vídeo na íntegra:
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