Operação
Ágata: tecnologia de ponta e 8 mil militares para patrulhar a Amazônia
A área total da Operação Ágata é maior do que a extensão territorial de
Portugal e Espanha. A ação será executada a partir do CMA.
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Policial avista pista de pouso clandestina no
meio da Amazônia (Foto: Agência Força Aérea)
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MANAUS - O tráfico de drogas e de pessoas
e o desmatamento irregular da Amazônia estão na mira da quarta edição da Operação Ágata. Os trabalhos, coordenados pelo
Ministério da Defesa, começaram nesta quarta-feira (2). Segundo a pasta, essa
será a maior operação conjunta das Forças Armadas já realizada pelo Plano
Estratégico de Fronteiras.
O
patrulhamento de mais de 5 mil quilômetros nos limites entre o Brasil e a
Venezuela, Suriname, Guiana Francesa e Guiana contará com cerca de 8,5 mil
militares. A ação será executada a partir do Comando Militar da Amazônia (CMA).
A área total da Operação Ágata é maior do que a extensão territorial de
Portugal e Espanha.
No
desenrolar da operação, oficiais da França, da Venezuela e dos demais países da
região de fronteira atuarão como observadores das missões. Segundo o Ministério
da Defesa, o vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Defesa,
Celso Amorim, devem visitar pontos da Operação Ágata nos próximos dias.
Já nas
próximas semanas, a atuação nos estados do Amazonas, Pará, Amapá e Roraima
contará com as tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, com a
participação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
Somente a Força Aérea Brasileira (FAB) mobilizou mais de mil militares para a
operação.
A FAB
participa da Operação com aviões de caça, de reconhecimento, de alarme aéreo
antecipado (avião-radar), de busca e resgate e de transporte logístico. Durante
os trabalhos, aeronaves da Força Aérea irão patrulhar os céus em busca de voos
ilícitos e de pistas clandestinas, além de apoiar a ação das instituições
parceiras.
Veja como a Força Aérea será empregada durante a operação:
Em
Roraima, o comandante de 1ª Brigada de Infantaria de Selva Lobo D’ Almada,
general José Luiz Jaborandy, apresentou nesta manhã a operação ao governador
José de Anchieta. “Viemos apresentar a operação ao governador, pois é uma
diretriz do CMA informar a autoridade maior do estado e pedir o apoio do
governador com as forças de segurança pública estaduais para serem parceiros
nesta ação”, disse.
A
operação envolve, além das Forças Armadas, entidades como Polícia Federal,
Instituto Brasileiro e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Agência Brasileira de
Inteligência (Abin), entre outras.
Ação
social
Além da
presença militar nas fronteiras, a Operação Ágata 4 prevê ações sociais para
ajudar a população ribeirinha que enfrenta problemas com as cheias do rio Negro
e seus afluentes. Na terça-feira (1), saiu de Manaus o Hospital de Campanha – uma
estrutura montada em uma balsa para percorrer os rios da região e atender a
população ribeirinha.
Desta vez
os atendimentos serão voltados para as comunidades isoladas devido à cheia. Um
modelo do HCAMP já foi usado em vários lugares como unidade móvel de saúde,
para curto período de internação e destinado a atender feridos em combate.
O
modelo foi criado em 1980 para ajudar vitimas de tragédias, como no caso dos
terremotos no México, El Salvador e no Haiti, e de enchentes no Rio de Janeiro
e Santa Catarina. Portal Amazonia.
Foto: Agência Força Aérea/Divulgação Fonte: Folha do Progresso Postador: manancial de carajas