Núcleo de extração de ouro, onde localizava-se o formigueiro humano na década de 80, agora é um lago com 120 m de profundidade |
Somente em meados de 2013 é que entrará em produção a nova mina de ouro de Serra Pelada, com processo mecanizado e sem a célebre figura do garimpeiro, o qual, neste novo momento, é apenas sócio da empreitada, por meio da Coomigasp (Cooperativa Mista dos Garimpeiros de Serra Pelada).
Até o início das operações, a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral (SPCDM), empresa criada pela Colossus Minerals e pela cooperativa, terá investido R$ 320 milhões, segundo divulgação oficial.
A confirmação do período em que começará a produção é do engenheiro de minas e presidente da SPCDM, Paulo de Tarso Serpa Fagundes. “As obras foram iniciadas em meados de 2010 e a data de início da produção comercial da mina de Serra Pelada está prevista para 2013, como afirma a empresa em seu site cooperativo”, disse Paulo de Tarso esta semana ao jornal O Liberal, ressaltando que a empresa nunca anunciou outra data para a nova mina entrar em operação e que a previsão do início dos trabalhos se dará antes do prazo internacionalmente aceito como padrão de instalação de mina de ouro deste porte.
A notícia joga um balde de água fria nas expectativas de milhares de garimpeiros que davam como certo o início das atividades ainda este ano. Na semana passada, a Associação Nacional dos Garimpeiros (Agasp Brasil), fez graves denúncias contra a empresa Colossus, afirmando que a mesma teria utilizado testemunhos e dados finais do relatório de pesquisas que apontam a existência de 19 toneladas de ouro na mina, para captar cerca de 900 milhões de dólares junto à bolsa de valores de Toronto, no Canadá.
Segundo a Agasp Brasil, a Colossus teria empregado menos de 10% na Nova Mina. Quanto ao assunto, Paulo de Tarso disse que não iria polemizar com a Agasp Brasil e com seus dirigentes, afirmando que a Colossus captou até hoje somente 250 milhões de dólares. “Desse valor, 130 milhões se destinou ao projeto e em compra de propriedades, 20 milhões em exploração e os outros 100 milhões serão destinados ao término do projeto”, afirmou.
De acordo com a Colossus, a produção da mina está estimada em 30 toneladas de ouro, além de platina e paládio. A direção da empresa afirma que conforme o contrato firmado entre as partes, a porcentagem que cabe aos 38 mil garimpeiros filiados a Coomigasp é de 25% da exploração, sendo que os outros 75% ficarão com a Colossus.
Foto: Breno Castro UOLO Fonte: Correio Tocantins, com informações da ORM Postador: manancial de carajás