Senador Paulo Rocha defende mais recursos para Sudam
Em
pronunciamento na tribuna do Senado, o senador Paulo Rocha (PT) afirmou que a
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) precisa de mais
recursos para viabilizar projetos de interesse da região. Segundo o senador, a
Sudam atua nos nove estados da Amazônia com a missão de levar desenvolvimento e
reduzir as desigualdades na região, mas os recursos ainda são insuficientes
para beneficiar todos os estados. “Para dar conta das demandas, a Sudam
necessita de maior aporte de recursos do Tesouro Nacional e, em especial, o
fortalecimento dos incentivos fiscais para a região”, questionou.
Além
de maior aporte de recursos, Rocha cobrou das autoridades a prorrogação dos
incentivos fiscais concedidos pela Superintendência ao setor privado da
Amazônia. A atual concessão expira em 31 de dezembro de 2018 e a indecisão
sobre a prorrogação gera insegurança aos empreendimentos já incentivados.
“Precisamos aprovar a prorrogação da medida o mais rápido possível”, enfatizou
o senador.
Em
oito anos de criação da nova Sudam foram aprovados 1.760 projetos de incentivos
fiscais do imposto de renda para o setor privado, disponibilizando um volume de
R$ 16,5 bilhões para os nove estados da Amazônia Legal. A Sudam discute a
inclusão de novos setores nos projetos de incentivos fiscais como a indústria
naval, o transporte rodoviário de carga, o transporte hidroviário dentro da
própria região (de carga e passageiros), o florestamento, reflorestamento e
manejo florestal vinculado à industrialização, a formação de mestres e doutores
para atuação na Amazônia, atividades hospitalares que destinem no mínimo 20% de
atendimento ao sistema único de saúde (SUS), entre outros.
Fazendo
um panorama sobre a atuação do órgão de desenvolvimento, Paulo Rocha destacou o
esforço da Sudam na elaboração de programas e ações relacionados ao incentivo
às trocas comerciais na região e na formação de mão-de-obra, como o Projeto
Mulheres na Construção Civil, que investe na qualificação de mulheres em
situação de risco e vulnerabilidade social para inserção no mercado da
construção civil.
Rocha
destacou, em particular, o Programa de Produção de Etanol Social na Amazônia,
processado a partir do beneficiamento da batata-doce. A solução ecológica foi
encontrada em parceria entre a Sudam e a Universidade Federal do Tocantins, que
já realizava uma pesquisa com um tipo de batata industrial capaz de assegurar
produtividade de etanol hidratado e anidro superior ao da cana-de-açúcar. “O
resultado é espetacular. Uma variedade de batata-doce, que pode ser cultivada em
todo o território amazônico, é a solução para a produção do etanol, que hoje é
deslocado dos grandes centros produtores para a Amazônia”, disse ele.
Postador: Manancial de Carajás
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