Câmara aprova prisão para quem matar cães e gatos
De acordo com o texto, matar cão ou gato terá pena de detenção
de 1 a 3 anos
Matança de cães e gatos
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O
Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2833/11, do deputado
Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que criminaliza condutas contra a vida, a saúde ou a
integridade de cães e gatos. A matéria, aprovada na forma de uma emenda
substitutiva do deputado Lincoln Portela (PR-MG), será votada ainda pelo
Senado.
De
acordo com o texto, matar cão ou gato terá pena de detenção de 1 a 3 anos. A
exceção será para a eutanásia, se o animal estiver em processo de morte agônico
e irreversível, contanto que seja realizada de forma controlada e assistida.
Se
o crime for cometido para controle populacional ou com a finalidade de controle
zoonótico, a pena será de detenção de 1 a 3 anos. Neste último caso, ela será
aplicada quando não houver comprovação de enfermidade infecto-contagiosa que
não responda a tratamento.
Essas
penas serão aumentadas em 1/3 se o crime for cometido com emprego de veneno,
fogo, asfixia, espancamento, arrastadura, tortura ou outro meio cruel.
Assistência
e abandono
Para
o agente público que tenha a função de preservar a vida de animais e não
prestar assistência de socorro a cães e gatos em situações de grave e iminente
perigo, ou não pedir o socorro da autoridade pública, a pena será de detenção
de 1 a 3 anos.
O
abandono de cão ou gato provocará a detenção por 3 meses a 1 ano. O abandono é
definido pelo projeto como deixar o animal de sua propriedade, posse ou guarda,
desamparado e entregue à própria sorte em locais públicos ou propriedades
privadas.
Rinha
de cães
No
caso da rinha de cães, a pena será de reclusão de 3 a 5 anos; e a exposição de
cão ou gato a perigo de vida ou a situação contra sua saúde ou integridade
física provocará detenção de 3 meses a 1 ano.
Aumento
de pena
Todas
as penas previstas no projeto serão aumentadas quando, para a execução do
crime, se reunirem mais de duas pessoas.
Interesse
da sociedade
O
autor da proposta disse que o projeto vai ao encontro das expectativas dos
eleitores. “Estamos decidindo dentro do que a sociedade nos pede”, disse
Tripoli.
“Cada
vez cresce a preocupação da sociedade brasileira para corrigir essas práticas
de covardia que ainda acontecem”, acrescentou o deputado Daniel Coelho
(PSDB-PE). Segundo ele, estatísticas demonstram que quem maltrata animais tende
a maltratar mais idosos, crianças e mulheres.
Mesmo
com orientação de todos os partidos a favor do texto, houve críticas à medida.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) pediu mais tempo para analisar o projeto. “O
mérito é indiscutível, mas há uma confusão para usar o direito penal para mudar
comportamento. Tenho dúvidas se o texto está adequado.”
Já
o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) considerou uma “loucura” a Câmara votar a
proposta, porque, em sua avaliação, ela pode causar superlotação de presídios.
“Seria preciso usar o Maracanã para colocar as pessoas que agem contra cães e
gatos.”
Postador: Manancial de Carajás, com informações da Agência Câmara
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