Joana D’Arc afirmou que se descontrolou após briga com companheira. Crianças dormiam na hora do crime |
Uma
chacina ocorrida na madrugada da última segunda-feira (15) abalou a comunidade
de Cumaru do Norte, no sul do Pará. A garimpeira Joana D’arc de Farias, 48
anos, assassinou de forma bárbara, com golpes de machado e enforcamento,
Rosilene dos Santos, 37 anos, Leonardo Santos de Araújo, 9 anos, e a pequena
Amanda Vitória Vieira, de apenas um ano e oito meses de idade. A chacina
ocorreu por volta das 3h, na localidade conhecida como Projeto Cumaru, distante
a cerca de 30 Km da cidade de Cumaru do Norte.
De
acordo com o relato da acusada, o crime teria ocorrido por causa de brigas e
ciúmes de Rosilene, que vivia maritalmente há cerca de 5 anos com a homicida.
De acordo com a acusada, as duas se conheceram e passaram a conviver dentro do
Presídio de Redenção, onde Joana D’arc cumpria pena por homicídio por ter
assassinado o companheiro a golpes de picareta e Rosilene, pela acusação de
tráfico de drogas. Depois que as duas saíram do CRR, foram morar de forma
marital na cidade de Cumaru do Norte.
Em
conversa com a reportagem, a acusada disse que o relacionamento era bastante
conturbado, pois a vítima nutria um ciúme doentio por ela, o que provocava
constantes brigas entre as duas, principalmente quando as duas ingeriam bebida
alcoólica.
No
dia do crime, a história se repetiu, mas de forma trágica. As duas mulheres
passaram o dia praticamente bebendo, ação que rompeu a noite. Segundo Joana
D’arc, as duas passaram a discutir e a discussão tornou-se mais intensa, ao
ponto de a vítima pegar um facão e tentar agredi-la. Foi quando ela se armou de
um machado e desferiu um golpe na cabeça da companheira.
Ao
ser interrogada por que matou as duas crianças, a acusada não soube explicar e
disse que não sabe por que cometeu o crime. “Eu não sei o que me deu na cabeça
para fazer tal coisa. As crianças estavam dormindo, eu não sei explicar, pois
eu gostava das crianças’’, relatou a acusada.
Depois
de cometer o crime, a acusada pegou alguns pertences e logo pela manhã embarcou
em uma van e foi para a cidade de Redenção, de onde pretendia fugir para
Araguaia. A acusada foi localizada pelo serviço de inteligência da Polícia
Militar de Redenção, que logo cedo foi informada do bárbaro crime e da fuga da
mulher.
Joana
D’arc foi presa por uma guarnição da Polícia Militar quando tentava vender ouro
em uma ourivesaria em Redenção. A acusada vai responder pelo crime de triplo
homicídio. Após o procedimento policial, ela foi encaminhada para o Presídio de
Redenção, onde vai responder pelos crimes praticados.
Em
2007 , Joana D’arc matou o marido a golpes de picareta na cidade de Xinguara,
crime pelo qual estava respondendo em liberdade condicional após ser condenada
a sete anos de prisão.
Ela
foi libertada após cumprir 3 anos da pena no Centro de Recuperação Regional de
Redenção. Após ser ouvida pelo delegado e colocada na cela, a acusada lamentou
o fato para a nossa reportagem.
“Que
loucura que eu fiz na minha vida, moço. Agora vou passar muitos anos na cadeia.
Eu sou capaz de fazer uma besteira, mas não vou ficar o resto da minha vida no
presídio, não”, disse a acusada.
Foto e Fonte: Fonte:
Diário do Pará. Postador: Manancial de Carajás
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