sábado, 25 de outubro de 2014

ATAQUE

Associações de imprensa repudiam ataque a prédio da Editora Abril em São Paulo
Sede da empresa, que publica "Veja", foi pichada na noite de sexta-feira, em SP em retaliação à revista 'Veja'

Sede da editora abril é pichada e tem lixeiras derrubadas nesta sexta-feira - Folhapress / Ernesto Rodrigues
SÃO PAULO — O ataque à sede da editora Abril, que publica a revista "Veja", na noite desta sexta-feira, foi duramente criticado por jornalistas e associações de imprensa. A fachada do prédio, na Marginal Pinheiros, em São Paulo, foi pichada. A depredação seria uma resposta à reportagem de capa da revista, publicada na última quinta-feira, que afirma que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma estariam cientes de atos de corrupção praticados na Petrobras, segundo depoimento do doleiro Alberto Youssef à Justiça do Paraná.

Em sua conta pessoal na rede social Facebook, o atual presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) afirmou que "o punhado de irresponsáveis que jogou lixo e pichou a fachada da Abril parece ser jovem demais para entender o dano potencial de sua imbecilidade".

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) afirmou em nota que “repudia veementemente os ataques”. “A Abert acompanha com preocupação episódios como o de sexta-feira, pois a entidade considera grave qualquer “ato de intimidação à liberdade de imprensa”. A Abert lembra que a Declaração de Chapultepec, da qual o Brasil é signatário, aponta uma imprensa livre “como uma condição fundamental para que as sociedades resolvam os seus conflitos, promovam o bem-estar e protejam sua liberdade”, disse a associação em nota.

Em nota, o diretor executivo da ANJ, Ricardo Pedreira, qualificou a ação como "uma lamentável tentativa de intimidação própria de quem não sabe conviver na democracia e num país com liberdade de imprensa"

Segundo um representante da editora que registrou boletim de ocorrência no 14º DP, cerca de 200 pessoas participaram do protesto,na sexta-feira. Um caminhão de som União da Juventude Socalista, ligada ao PCdoB, também estaria no local. Três pessoas foram detidas pela Polícia Militar, levadas para a delegacia e liberadas em seguida. Além de picharem os muros do prédio com dizeres como “Veja mente”, também rasgaram revistas e jogaram lixo na porta da editora.


Neste sábado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atendeu pedido de liminar da coligação da candidata Dilma Rousseff e proibiu a revista “Veja” de fazer publicidade da edição deste fim de semana. De acordo com a decisão do ministro do TSE, Admar Gonzaga, a revista Veja está proibida de utilizar rádio, televisão, outdoors e link patrocinado para divulgar a capa.

Foto e Fonte: O GLOBO. Postador: Manancial de Carajás

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Idoso toma xixi há 30 anos e diz que líquido “trata tudo”, inclusive câncer

O idoso promete ajudar as pessoas a desvendar os segredos por trás da própria urina, e até sugere que o produto pode ser usado para tratar t...