Sigla já contratou
até advogado para o caso, mas em público ainda é cautelosa
Brasília
e São Paulo — Embora não admitam em público, dirigentes do PSB sabem que houve
erros no uso do Cessna Citation PR-AFA na campanha eleitoral. O avião caiu e
matou o ex-governador Eduardo Campos e outras seis pessoas dia 13.
O
PSB contratou uma equipe de advogados para atuar nesse e em outros casos da
campanha à Presidência. O jato estava oficialmente em nome da AF Andrade, um
grupo de usineiros, e não poderia ter sido usado na campanha, como revelou o
GLOBO na sexta-feira.
Segundo
autoridades da Justiça Eleitoral, uma empresa só pode doar serviço ou produto
ligado a suas atividades fins. Não há registro de que a AF atue como empresa de
táxi aéreo.
O
uso do avião pode complicar a prestação de contas de campanha do PSB. A doação
dos serviços de táxi aéreo não consta dos registros do partido no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
O
advogado Ricardo Penteado, um dos novos encarregados da defesa do PSB, afirmou
que começou a conversar com dirigentes do partido para levantar documentos
sobre as transações relacionadas ao Cessna.
Penteado
disse que, só após falar com alguns dirigentes do PSB, poderá falar sobre o uso
do jato:
'Estou
me inteirando de tudo isso. Mas estamos tendo dificuldades de recolher alguns
documentos', disse.
Nos
últimos dias, surgiram informações de que o jato teria sido cedido à campanha
pelos empresários pernambucanos Apolo Santana Vieira, dono da Bandeirantes
Companhia de Pneus, e João Carlos Lyra. Porém, segundo autoridades da Justiça
Eleitoral, eles também não poderiam ceder o avião A Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) informou que o seguro é válido até agosto de 2015, mas não soube
informar a extensão da cobertura.
No
comitê de campanha, em São Paulo, Marina foi questionada ontem sobre a polêmica
ligada ao avião. Diante da pergunta, o candidato a vice, Beto Albuquerque, ao
seu lado, respondeu:
'Continuamos
atrás das informações sobre como esse avião caiu. Isso para nós é a pauta
principal porque a queda desse avião ainda não tem razões técnicas, não tem
conclusão de inquérito. O mais importante é saber como os sete companheiros
morreram. Sobre essa pauta de quem contratou, o PSB haverá de dar todas as
explicações. Não temos ainda as informações necessárias. Estamos muito certos
de que havia uma doação presumida nesse caso', disse Albuquerque.
Foto e Fonte: O Globo. Postador: Manancial de Carajás
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