Foto: Patrícia Santos/AE |
Dener
Giovanini
O estilo desagregador, prepotente e arrogante de Marina Silva, que deixou um rastro de intrigas, desconfianças e desarmonia em suas passagens pelo PT e pelo Partido Verde, já tinha data para voltar a mostrar suas garras: em nota oficial publicada no dia 26 de junho, a Rede Sustentabilidade (o grupo que segue Marina) deixou clara [...]
O estilo desagregador, prepotente e arrogante de Marina Silva, que deixou um rastro de intrigas, desconfianças e desarmonia em suas passagens pelo PT e pelo Partido Verde, já tinha data para voltar a mostrar suas garras: em nota oficial publicada no dia 26 de junho, a Rede Sustentabilidade (o grupo que segue Marina) deixou clara [...]
O
estilo desagregador, prepotente e arrogante de Marina Silva, que deixou um
rastro de intrigas, desconfianças e desarmonia em suas passagens pelo PT e pelo
Partido Verde, já tinha data para voltar a mostrar suas garras: em nota oficial
publicada no dia 26 de junho, a Rede Sustentabilidade (o grupo que segue
Marina) deixou clara as suas intenções:
4.
A filiação transitória democrática permite que, tão logo a Rede obtenha seu
registro na Justiça Eleitoral, o que deve ocorrer nos próximos meses, seus
militantes formalmente vinculados ao PSB poderão se transferir para a legenda
de origem sem o risco de qualquer tipo de sanção partidária.
5.
Portanto, os militantes da Rede têm data para deixar o PSB, conforme o
compromisso firmado entre os partidos no final do ano passado.
Para
ler a Nota da Rede na integra, CLIQUE AQUI.
É
óbvio que ninguém, até então, poderia imaginar a reviravolta que aconteceria no
quadro sucessório presidencial com a tragédia que se abateu sobre a candidatura
de Eduardo Campos. A morte do então candidato do PSB derrubou o tabuleiro do
xadrez político no chão. O jogo vai recomeçar do zero a partir de agora.
Marina
Silva e sua “Rede” talvez tenha sido a pior jogada de Campos em toda a sua
carreira política. Ele acreditou que Marina daria um grande impulso à sua
candidatura, o que de fato não ocorreu. Talvez Eduardo, assim como tantas
outras pessoas do mundo político, enxergasse nos quase 20 milhões de votos que
Marina Silva obteve nas últimas eleições presidenciais um sólido patrimônio
político. Foi um grande erro.
O
patrimônio político de Marina Silva era tão sólido como fumaça. Seus 20 milhões
de votos não lhe credenciaram sequer para construir seu próprio partido. Ela
não conseguiu o número de assinaturas necessárias para obter o registro da Rede
junto ao Tribunal Superior Eleitoral e, tão pouco, conseguiu impulsionar o nome
de Eduardo Campos para chegar pelo menos aos dois dígitos de intenção de voto
para a eleição de outubro.
Não
bastasse tamanha desilusão, Marina Silva e sua Rede tiraram de Eduardo Campos
apoios importantes, especialmente em colégios eleitorais fundamentais, como Rio
de janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. A intransigência e a incapacidade
de articulação de Marina Silva subtraíram de Eduardo palanques e alianças que
poderiam ajuda-lo a tentar chegar ao segundo turno. Obviamente ninguém do PSB
admitirá publicamente esse equivoco que foi a escolha da Marina como vice.
Mesmo no Partido Verde, onde ela deixou um rastro de intrigas e desarmonia,
quase levando o partido a desintegração absoluta, ninguém fala publicamente
sobre isso.
Marina
Silva quer um partido pra chamar de seu. Para mandar e impor seu messianismo
“sonhático”. E o bote está se armando sobre o PSB.
Caso
o partido de Eduardo Campos decida pela substituição do nome dele pelo de
Marina estará apenas repetindo os erros do PT e do PV. Entregar o comando do
partido a uma candidata desagregadora e com um histórico tsunâmico será o
caminho mais curto para enterrar a história do PSB. Os sonháticos de Marina
farão cair sobre os dirigentes do Partido Socialista Brasileiro a escuridão dos
pesadelos de uma noite sem fim.
Foto e Fonte: http://blogs.estadao.com.br/dener-giovanini/so-para-lembrar. Postador: Manancial de Carajás
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