Sindicato denuncia à OEA
atentado contra imprensa
Já o Sindicato dos Jornalistas do
Município do Rio denunciou à Organização dos Estados Americanos (OEA) o
atentado contra liberdade de imprensa no Rio de Janeiro. A presidente da
entidade, Paula Máiran, foi nesta segunda-feira ao Hospital municipal Souza
Aguiar, no Centro, assim que soube da morte cerebral do cinegrafista.
— O sindicato já se posicionou contra
todo tipo de violência que tenha ocorrido nas manifestações. Infelizmente, já
passa de 50 o número de jornalistas feridos. Encaminhamos as denúncias para as
organizações de direitos humanos nacionais e internacionais — disse Paula
Máiran. — A morte de Santiago foi uma tragédia. É um atentado a um dos pilares
da democracia, que é a imprensa. A sociedade precisa se unir e lutar para os
jornalistas possam cumprir o seu papel — continuou.
A Associação Brasileira de Jornalismo
Investigativo (Abraji) também se solidarizou com familiares, amigos e colegas
do profissional. “É o primeiro caso fatal envolvendo jornalistas atacados
durante os protestos de rua, mas os incidentes têm se multiplicado. Desde junho
de 2013, a Abraji alerta para a escalada de violência e violações contra
profissionais da imprensa. Desde que esta onda de protestos começou até o
anúncio da morte de Santiago Ilídio Andrade, houve 117 casos de agressão,
hostilidade - tanto por manifestantes quanto por policiais - ou detenção de
jornalistas”, afirma trecho da nota.
A associação de Repórteres
Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc) lamentou a morte de Santiago e também
fez críticas às empresas de comunicação: “Santiago é mais uma vítima da
irresponsabilidade das empresas jornalísticas, que se recusam a fornecer
equipamentos de segurança, treinamento e estabelecer como regra primordial de
segurança o impedimento do profissional trabalhar sozinho.” A Arfoc também
cobrou que seja instaurada uma investigação criminal para apurar quem defende,
financia e presta assessoria jurídica aos “Black Blocs”.
A Associação Brasileira de Emissoras
de Rádio e TV (Abert) cobrou do governo “rigorosa apuração” do caso e
manifestou consternação com a morte cerebral do profissional. O presidente da
associação, Daniel Slavieiro, lamentou a morte do cinegrafista:
Em nota, a Abert disse que
"espera das autoridades rigorosa apuração deste crime para que se evitem
novos atentados contra a liberdade de expressão e a democracia”. A entidade
alerta para que sejam adotados procedimentos que garantam o trabalho da
imprensa em manifestações.
Foto e Fonte: oglobo.globo.com/.
Postador: Manancial de Carajás
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