Conselho de Comunicação do Congresso cobra mais segurança para
profissionais da imprensa
BRASÍLIA - O Conselho de Comunicação
Social do Congresso Nacional (CCS) publicou nesta segunda-feira nota de repúdio
à violência contra jornalistas, após a morte do cinegrafista da Rede
Bandeirantes Santiago Andrade, de 49 anos, atingido na cabeça por um rojão, na
semana passada, durante manifestação no Centro do Rio de Janeiro. A nota afirma
que os casos de agressões aos profissionais da área constituem “evidente
atentado às liberdades de expressão e de imprensa” e insta o governo e as
empresas jornalísticas a garantirem a segurança dos profissionais. O texto pede
ainda a apuração da autoria do assassinato do repórter cinematográfico e a
posterior denúncia judicial contra os responsáveis.
Para o Conselho, as agressões revelam
“comportamentos autoritários” ou ainda a “ação equivocada do estado, por meio
de suas polícias que, em vez de proteger os jornalistas e outros comunicadores,
tentam impedir seu trabalho”.
“O CCS solicita ao governo brasileiro
e aos governos estaduais medidas urgentes, no âmbito de suas competências, para
garantir a integridade física dos jornalistas, radialistas e demais
comunicadores.
O Conselho de Comunicação Social
também sugere às entidades representantes dos trabalhadores da comunicação e
representantes das empresas de comunicação que busquem, conjuntamente, ações
para garantir aos jornalistas, radialistas e demais comunicadores condições de
trabalho e de segurança”.
A nota reafirma a defesa de projetos
que já tramitam no Congresso sobre a segurança dos jornalistas e demais
comunicadores, como o que federaliza as investigações dos crimes contra
jornalistas.
O Conselho de Comunicação é um órgão
auxiliar do Congresso, de natureza consultiva, para assuntos relacionados à
área de comunicação social. É formado por 13 conselheiros titulares e 13
conselheiros suplentes que representam as categorias empresariais e
profissionais ligadas ao setor da comunicação, além de contar com representação
específica da sociedade civil.
O presidente da Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj), Celso Augusto Schröder, também destacou a necessidade de
adoção de equipamentos de segurança nas coberturas jornalísticas e reafirmou a
defesa da federalização das investigações dos atos de violência contra os
profissionais da imprensa.
— Estamos cansados de lançar nota de
repúdio e não ter resultados. Esse caso não pode ser só mais uma estatística.
Vejo essa violência contra o jornalista como uma incapacidade de alguns setores
de conviver com o trabalho da imprensa.
Foto e Fonte: oglobo.globo.com/.
Postador: Manancial de Carajás
Nenhum comentário:
Postar um comentário