A Superintendência do Sistema Penal (Susipe) lançou
nesta terça-feira (29) a segunda ação do projeto “Conquistando a
Liberdade”, que acontece quinta-feira (31) e consiste na prestação de
serviços gerais e manutenção predial de nove escolas públicas, com uma
mão-de-obra diferente: 174 internos de diversas casais penais. Os
municípios que vão receber o projeto são Abaetetuba, Tomé-Açu, Capanema,
Marabá, Mocajuba, Salinas, Marituba, Santa Izabel do Pará e
Paragominas.
Além dos serviços, o projeto terá o “Papo Di Rocha”, uma conversa
entre internos e os alunos das escolas selecionadas. O juiz da 3ª Vara
Criminal de Abaetetuba, Deomar Barrroso, falou sobre o início do
projeto, em 2003, quando ele era juiz da 3ª Vara de Execução Penal em
Belém. A ação dos internos consistia, então, na limpeza das praças em
Belém.
Após parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), os
internos passaram a limpar as escolas públicas, dando forma, a partir
daí, ao projeto como ele é hoje. Segundo o magistrado, ao fazer a
limpeza nas escolas e interagir com os alunos, o preso tem um sentimento
de satisfação pessoal para com a comunidade. “Ele está se sentindo
útil. Não há nada que pague esta cena”, destaca.
O diretor do Núcleo de Reinserção Social da Susipe, Ivaldo Capeloni,
fez um retrospecto da primeira fase do “Conquistando a Liberdade”, após a
ampliação do projeto para as escolas dos nove municípios hoje
atendidos. Em Marabá, destacou ele, houve a participação de internos do
sexo feminino, e Tomé-Açu teve a mobilização de toda a comunidade.
A
diretora de Educação Infantil e Fundamental da Seduc, Ana Cláudia Age,
disse que o bate-papo entre presos e estudantes faz o jovem dar mais
valor à educação.
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