O Ministério Público Federal (MPF) no Pará ajuizou
uma ação civil pública contra a mineradora Vale, a Secretaria de Meio
Ambiente do Pará(Sema) e a Fundação Nacional do Índio (Funai). O MPF
pede a suspensão liminar das atividades da “Mineração Onça-Puma”,
empreendimento de extração de níquel pela Vale em Ourilândia do Norte,
no sudeste do Pará.
Segundo o MPF, a Vale ainda não cumpriu as obras
condicionantes de compensação e mitigação dos impactos sobre os índios
Xikrin e Kayapó, passados dois anos após a emissão da licença de
instalação do empreendimento, o que teria ocorrido, inclusive, sem
consulta prévia, acusa o MPF.
As indenizações atreladas às ações compensatórias
devem ultrapassar R$ 1 milhão por mês para cada comunidade afetada,
segundo os procuradores. O empreendimento da Vale é estimado em cerca de
R$ 1 bilhão. A empresa divulgou uma nota afirmando que “aguardará a
citação para conhecer os argumentos da ação e preparar sua defesa
judicial”.
Na área de carvão, a Vale anunciou ontem que fechou a
venda de ativos de carvão térmico na Colômbia por US$ 407 milhões. A
compradora é a CPC, subsidiária da Colombian Natural Resources. De
acordo com a companhia, foram alienados 100% da mina de El Hatillo e do
depósito de Cerro Largo, localizados no departamento de Cesar, norte do
país, além de 100% da Sociedad Portuária Rio Córdoba, na costa
atlântica.
Na operação, foram incluídos 8,43% da ferrovia
Ferrocarriles Del Norte de Colombia, que liga as minas ao porto. Os
ativos fazem parte do sistema integrado de exploração e transporte da
matéria-prima. “A venda é parte de nossos esforços de otimização do
portfólio de ativos”, disse a empresa.
Foto: Fonte: Valor Econômico Postador: mananc ial de carajás
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