Professores pedem apoio de deputados
Há
42 dias, os professores da rede estadual estão em greve e as atividades em sala
de aula permanecerão sem previsão de retorno. A categoria reuniu ontem, em
assembleia, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Marechal Cordeiro
de Farias. Segundo a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública
do Pará (Sintepp), o governo fechou as portas para as negociações.
Os
grevistas pretendem ir hoje para a frente da Assembleia Legislativa do Pará, a
partir das 9h. A ideia é pedir que os deputados pressionem o governo a aceitar
novas rodadas de negociação. “Parece que o governo não tá nem aí. A gente
precisa de escolas dignas, precisa de melhorias’’, enfatiza Alberto Andrade,
secretário geral do Sintepp.
“A
gente não sabe qual foi a posição que prevaleceu porque o governo já mudou
várias vezes de ideia. Nós queremos, de fato, que o governo coloque no papel e
apresente as propostas. Vamos propor nossos encaminhamentos. Vamos buscar
intermediários com os deputados. Eles nos ameaçam com processos administrativos.
Os contratos de 300 professores foram feitos para aterrorizar a equipe’’.
O
professor de história Rilto Oliveira, 45 anos, leciona no município de
Igarapé-Miri, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Conego Calado.
Segundo ele, nem parece que a escola passou por reforma. “A tal da reforma
terminou em outubro do ano passado. Em novembro, a secretaria teve princípio de
incêndio por causa da fiação. Em janeiro teve outro princípio de incêndio. Nas
salas, os ventiladores não foram trocados. Os alunos da tarde passam mal com o
calor’’.
Em
nota enviada recentemente, a Secretaria de Estado de Administração afirma que a
folha de pagamento dos professores de abril foi consolidada “de acordo com a
última proposta apresentada pelo governo, que prevê uma lotação de 220 horas
por professor, sendo 150 dentro de sala de aula e mais 70 horas suplementares”.
Diz ainda “que a proposta de pagamento dos retroativos dos meses de janeiro a
março deste ano, em quatro parcelas, está mantida”.
Postador: Manancial de Carajás, com informações do (Diário
do Pará)
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