Vereador de Parauapaebas já está preso em Santa Izabel
Foto: banco de dados do google |
O
vereador Odilon Rocha (SDD), de Parauapebas, preso na operação Filisteu, chegou
ontem à capital paraense. Ele está preso no Centro de Recuperação Especial
Coronel Anastácio das Neves (Crecan), no Complexo Penitenciário de Santa
Izabel, onde ingressou por volta das 13h. O vereador precisou de atendimento
psicossocial na chegada ao centro de detenção. Odilon e o vereador José Arenes
(PT), também preso na mesma operação, estão custodiados na cela de triagem da
unidade prisional, separados dos demais detentos. A medida consiste em um
procedimento padrão, segundo informou a Superintendência do Sistema
Penitenciário do Estado (Susipe). O empresário Edimar Cavalcante foi
transferido para o Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), no Complexo
Penitenciário de Marituba.
Nos
próximos dias, os dois vereadores serão encaminhados a celas coletivas junto
com outros detentos, onde ficarão à disposição da Justiça. Odilon foi preso na
última terça-feira, 26, acusado de participar de um esquema de fraudes em
licitações entre os anos de 2013 e 2014, quando exerceu o cargo de primeiro
secretário da câmara do município. Depois de preso, foi transferido a um
hospital particular de Paragominas, após passar mal. O caso está sendo
investigado pelo Ministério Público do Estado (MPE) e pela Polícia Federal.
Rocha
ficou conhecido ao afirmar que a remuneração paga pelos cofres públicos a um
vereador era insuficiente para “viver de forma honesta”. O caso ganhou
notoriedade na internet, após gravação em sessão na câmara, no dia 24 de abril.
“O valor que o vereador ganha aqui, se ele não for corrupto, ele mal se
sustenta durante o mês”, declarou Odilon, que cumpre o quinto mandato na câmara
municipal de Parauapebas.
De
acordo com a Susipe, caso seja apresentado laudo clínico comprovando problemas
de saúde, com a devida autorização judicial, o vereador será encaminhado para a
ala de enfermaria da unidade prisional. Odilon é acusado de receber 50% dos
valores superfaturados do empresário que vencia as licitações do período. O
empresário Edimar Cavalcante foi preso acusado de emitir notas fiscais frias e
superfaturadas.
A
Prefeitura de Parauapebas informou que colabora com as investigações fornecendo
informações e que os serviços municipais não foram interrompidos com a
operação. Também afirmou que os procedimentos referentes à Câmara Municipal são
de responsabilidade da mesa diretora do Poder Legislativo.
Da redação do Manancial de Carajás, com informações de ORMNews
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