Indígenas e Vale ainda não chegaram a um acordo
Varou
quase a madrugada de quinta (7) a reunião iniciada na tarde de quarta-feira
(6), entre representantes de indígenas da Reserva Mãe Maria e executivos da
Mineradora Vale, na sede do Ministério público Federal (MPF), em Marabá. E, no
final, a reunião deu em nada.
Os
representantes da mineradora entendem que a partir do momento em que indígenas
ocuparam os trilhos da Estrada de Ferro Carajás (EFC), que passa dentro da
aldeia, em fevereiro e abril deste ano, foi quebrado convênio entre Vale e
indígenas, para repasse de recursos para serem utilizados em áreas de saúde,
educação e ações sociais.
A
Vale está irredutível. Mantém uma proposta que, para as lideranças do povo
Gavião, não dá garantias futuras aos indígenas. Entende a mineradora que o
Convênio 330 foi, de fato, rescindido; que seu apoio aos indígenas é mera
liberalidade e que vai defender judicialmente essa tese.
Diante
disso, os Gavião vão apresentar uma contraproposta à Vale. A empresa se
comprometeu a dar uma resposta até o dia 15 de maio. Os indígenas também vão
requerer à Justiça Federal que a Vale retome imediatamente o apoio às
comunidades até a solução definitiva do impasse, tendo em vista que estão
envolvidas questões como direito alimentar na discussão sobre a vigência do
convênio.
A
situação na Terra Indígena, no caso das aldeias recém-formadas, é grave e
preocupa bastante a Fundação Nacional do Índio (Funai), pois atividades como o
transporte de estudantes indígenas também estão comprometidas.
Postador: Manancial de Carajás
Nenhum comentário:
Postar um comentário