Em greve há 40 dias, professores fazem ato na terça em Belém
Categoria se reuniu em assembleia ontem e fez protesto. Governo
do Pará diz que encerrou negociações
Na
assembleia geral realizada nesta quinta, os professores da rede estadual de ensino resolveram
manter a greve que já dura mais de 40 dias.
De
acordo com informações divulgadas na página do Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) na internet, a resposta que eles
receberam do governo, após a reunião com os parlamentares, na última
quarta-feira, dia 6, é que o Estado chegou ao seu limite de propostas, ao
encerrar as negociações.
Foto: Igor Mota (O Liberal) |
Eles
votaram pela manutenção da greve a aprovaram nova agenda de mobilização, que
inclui reuniões com a base e a comunidade escolar para distritos e regionais,
na próxima segunda-feira. Na terça-feira, 12, haverá um ato geral, em São Brás,
a partir das 8h.
Um
dos maiores impasses dos grevistas com o governo do estado é a política de
lotação proposta pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), em relação à
quantidade de aulas suplementares na rede estadual. O governo garantiu limite
de 220 horas por professor, 150 delas em sala de aula e mais 70 horas
suplementares. No entanto, a categoria quer que a extrapolação seja limitada em
até 260h em regência, o que gera na remuneração 136 aulas suplementares. Os
professores também querem que seja aplicada a jornada de 1/3 em 2016,
assegurando até 240 horas de regência, mas o governo se comprometeu com a
jornada de 1/3 de hora atividade de 2016, tendo como teto 220h de regência.
Além
disso, os professores querem que o retroativo do piso de 2015 seja pago em três
parcelas (maio, junho e julho), enquanto o governo propõe pagar em quatro
parcelas fixas - duas em 2015 (agosto e
novembro) e duas em 2016 (maio e agosto).
Sem
acordo, o governo decidiu cortar o ponto dos grevistas e anunciou a contratação
de temporários para garantir a reposição das aulas e não prejudicar ainda mais
os alunos. De acordo com informações divulgadas pelo Sintepp, mais de 1.800
trabalhadores em educação foram penalizados com descontos de faltas
relacionadas à greve nos quatro últimos dias em março.
Na
última segunda-feira, o governo do Estado disponibilizou os contracheques dos
professores vinculados à Seduc, já com o valor do novo piso para 2015, e afirma
que o documento reflete a última proposta apresentada pelo Executivo durante as
negociações com o Sindicato, com lotação de 220 horas por professor, sendo 150
dentro de sala de aula e mais 70 horas suplementares, conforme estabelece a Lei
8.030, de 2014. Com esta carga horária, o menor salário pago a um professor em
início de carreira fica em R$ 5.520, ainda de acordo com informações divulgadas
pelo governo.
Postador: Manancial de Carajas, com informações de OLiberal
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