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DE FEVEREIRO, 2015 - 14H00 - POLÍCIA
Reféns são liberados após rebelião em presídio em Americano
Agentes penitenciários ficaram mais de sete horas sob poder dos
detentos. É o 6º motim em três dias
Por:
Redação ORM News
Os
três agentes penitenciários feitos reféns por detentos do Centro de Recuperação
Penitenciário do Pará I (CRPP I) foram liberados por volta das 13h30 deste
sábado (28). Os reféns - incluindo o vice-diretor da unidade - ficaram em poder
dos detentos por mais de sete horas e um teve escoriações no rosto.
Dependências do CRPP I ficam destruídas após rebelião em Americano
A
rebelião começou por volta das 6h, na entrega do café da manhã, quando três
agentes - incluindo o vice-diretor da casa penal, foram feitos reféns. As
negociações para soltura dos reféns foram conduzidas pelo juiz da 1ª Vara de
Execuções Penais de Belém, Cláudio Rendeiro. Uma comissão formada por quatro
representantes de famílias de internos também participou da conversa.
Não
houve intervenção policial, apesar da presença de policiais militares do
Comando de Operações Especiais (COE) e da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) na
área interna. O magistrado se comprometeu a agilizar o julgamento dos
processos.
A
manhã foi marcada por tensão no local. Por volta das 9h30, foram ouvidos tiros
do lado de fora da cadeia. Um grupo de familiares dos internos chegou a
bloquear a pista da rodovia BR-316, no sentido interior, com pneus queimados. A
via foi liberada após uma breve negociação com o comandante do Batalhão de
Policiamento Penitenciário.
Segundo
a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), os agentes passam
bem e receberão atendimento médico em uma ambulância que está na unidade em
Americano, nordeste do Pará.
O
CRPP I é a unidade penitenciária mais antiga do Pará. O presídio é dividido em
oito pavilhões e atualmente abriga 1.100 internos.
Entenda
o caso
A
rebelião faz parte da série de motins que acontece em presídios paraenses desde
o início desta semana. Entre quinta-feira e este sábado, seis motins foram
registrados em unidades penitenciárias de Belém e região metropolitana. Sete
ônibus - sendo dois na noite de ontem - foram incendiados em represália à
situação nas cadeias.
Os
presos pedem mais celeridade nos processos penais na justiça, além de melhores
condições nas carceragens que atualmente estão superlotadas.
A
polícia investiga também se, além das reivindicações apresentadas, os motins
são resultado de rixa entre facções de traficantes rivais que atuam dentro das
casas penais do Estado.
Postador: Manancial de Carajás
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