Mais
uma triste notícia choca a população de Parauapebas durante os primeiros dias
de 2015, que diga-se de passagem está sendo marcado com várias mortes que
deixam a cidade em luto.
De
acordo com informações obtidas pela equipe de reportagem do Portal Pebinha de
Açúcar, o conhecidíssimo e conceituado advogado Jakson Souza e Silva, que
atualmente era o presidente da Subseção de Parauapebas da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB), teria sido abordado por dois homens que estavam em uma
motocicleta no município de Manaus, capital do Estado do Amazonas, quando
transitava pela Rua 15 de outubro, por volta de 23h45min deste sábado (24).
As
primeiras informações, (ainda não confirmadas pela investigação da Polícia
Civil), dão conta que Jakson teria sido alvo de bandidos que tentaram o
assaltar, porém o advogado teria reagido e logo após foi morto com um disparo
único de uma arma calibre 12. Os elementos dispararam à queima roupas e o
advogado não teve qualquer chance de reação.
Jakson
ainda foi socorrido por populares que os levaram para um hospital que fica
próximo do local do crime, porém ele não resistiu ao ferimento, morreu e deixou
esposa e quatro filhos.
A
hipótese de assalto ou latrocínio está conturbada, tendo em vista que raramente
bandidos usam armas de calibre 12 para efetuarem delitos. Vale ressaltar que no
ato, os elementos não levaram nada de bens do advogado. Agora ficará à cargo
das autoridades policiais de Manaus fazerem uma investigação detalhada para que
os autores e as causas do crime bárbaro possam serem revelados.
Comentário
sobre o crime, deixado nas redes sociais
Advogado sofria
ameaças de morte
O Advogado
Jakson Souza e Silva já vinha sofrendo ameaças de morte, inclusive em janeiro
de 2014, foi ao município de Belém e formalizou uma denúncia sobre as ameaças,
sendo que a mesma foi publicada no Jornal Diário do Pará, veja a matéria na
íntegra:
Advogado diz que
está sendo ameaçado de morte
O presidente da
Seccional de Parauapebas da Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA),
Jakson Souza e Silva, denunciou em Belém que estaria sofrendo ameaças de morte.
Ele teme ser
assassinado porque os mesmos supostos autores da morte do advogado Dácio
Antônio Cunha, em novembro passado, e do atentado a tiros contra o jornalista e
blogueiro Wandernilson Santos da Costa, o “Popó”, estariam soltos na região.
“Tenho família, quatro filhos e temo sobre o que pode me acontecer”, afirmou o
advogado ao DIÁRIO.
Jarbas
Vasconcelos, presidente estadual da OAB, cobrou providências do secretário de
Segurança, Luís Fernandes, e do delegado-geral adjunto, Silvio Maués, para que
sejam oferecidas garantias para que Jakson possa continuar desempenhando suas
atividades profissionais. “É um absurdo o que está acontecendo e não
sossegaremos enquanto não forem investigados e presos os autores das ameaças”,
declarou Vasconcelos, lembrando os últimos assassinatos ocorridos no Estado
contra advogados e as ameaças contra esses profissionais que atuam em vários
municípios.
Perguntado sobre
quem o estaria ameaçando, Jakson contou que não possui inimigos em Parauapebas,
menos ainda clientes insatisfeitos com seu trabalho. O comandante da OAB no
município, porém, apontou fatos sobre possíveis motivações para que seu nome
fizesse parte de uma lista de pessoas marcadas para morrer no município. Dentre
elas figuram ações judiciais contra a gestão do atual prefeito do município,
Valmir da Integral (PSD), ligado ao vice-governador do Estado e governador em
exercício, Helenilson Pontes. Um dos processos é uma ação popular contra o
prefeito de Parauapebas, que já teria pago cerca de R$ 42 milhões para um advogado
de Camboriú (SC).
Valmir da
Integral, diz Jakson, pretende pagar mais de R$ 119 milhões, mas Jakson
ingressou na Justiça com pedido de bloqueio e suspensão de qualquer pagamento.
A Justiça deferiu o pedido e proibiu o prefeito de realizar qualquer novo
pagamento. “Não descarto que essas ameaças tenham a ver com o Caso Pazinato”,
como é conhecida a ação popular, enfatizou ele.
Também relatou
que outros dois processos defendidos por seu escritório de advocacia poderiam
ter provocado o ódio de políticos e empresários corruptos de Parauapebas. Um
deles é uma fraude no transporte escolar. “São fatos incontestes e fartamente
comprovados”, salienta, informando que toda a documentação foi entregue à
Polícia Federal e aos Ministérios Públicos Federal e Estadual. Jakson também
conseguiu suspender uma licitação com suspeita de fraude para aquisição de
uniformes escolares pela prefeitura, fato que teria provocado a demissão da
secretária de Educação.
O DIÁRIO tentou
por várias vezes contato com a prefeitura de Parauapebas, mas ninguém quis
falar sobre as ameaças denunciadas por Jakson Silva. Um servidor da prefeitura,
ao telefone, chegou a dizer que Valmir da Integral tinha coisas mais
importantes para se preocupar e que não falaria sobre “fofocas”. O governador em
exercício, Helenilson Pontes, não estava em Belém e seu celular estava fora da
área de serviço. No Palácio dos Despachos, a informação foi de que ele estava
“cumprindo agenda” em Santarém. (Diário do Pará)
Reportagem
e foto: Bariloche Silva – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar. Postador: Manancial de Carajás
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