segunda-feira, 6 de outubro de 2014

IMPREVISÕES NA CAMPANHA

Não é bem assim: veja as imprecisões dos candidatos no debate da 'TV Globo'

2.out.2014 - Candidatos à Presidência participam de debate promovido pela TV Globo, nesta quinta-feira. Da esquerda para direita, participam os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (PSOL), Aécio Neves (PSDB) e Pastor Everaldo (PSC) Leia mais Antonio Lacerda/EFE

No último debate na TV antes do primeiro turno das eleições, os candidatos à Presidência se encontraram na "TV Globo" sob um um clima de enfrentamento. Muitas foram as acusações, discussões e frases ríspidas. 
Em determinados momentos, os concorrentes ao cargo máximo da República lançaram mão de dados que não correspondem fielmente à realidade. Veja, abaixo, deslizes dos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais até agora.
1 - DILMA ROUSSEFF (PT)

"Hoje o Brasil pratica a menor taxa de juros de toda a sua história" 
Antonio Lacerda/EFE

A atual taxa básica de juros do Brasil não é a menor da história do país. Entre os meses de outubro de 2012 e março de 2013, a taxa básica de juros brasileira (Selic) estava em 7,25%. 
De lá para cá, com a deterioração dos principais índices econômicos do país (queda do crescimento e alta da inflação), o Banco Central imprimiu uma alta acumulada da Selic de 51,7%, fazendo com que o a taxa atingisse o índice atual, de 11%.
2 - MARINA SILVA (PSB)

"A senhora (Dilma Rousseff) tem feito uma série de acusações em relação a autonomia do Banco Central, que aliás a senhora defendeu em 2010. Agora, você diz que é contra também a autonomia do Banco Central" 
Yasuyoshi Chiba/AFP

Na realidade, Dilma Rousseff sempre defendeu e defende até hoje a autonomia do Banco Central, conforme reafirmou no debate da última quinta-feira a candidata à reeleição.
Em 2010, a posição de Dilma Rousseff, então candidata à Presidência, era a de defesa da autonomia do BC, nos moldes em que era praticada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O que, na verdade, a presidente e candidata Dilma Rousseff agora critica, é a proposta de independência institucional do Banco Central, que é quando a presidência e a diretoria da instituição ficam no cargo por um mandato de período fixo, e sem responder à autoridade do Poder Executivo ou do Ministério da Fazenda.
É isso que defende Marina Silva, que, em seu programa de governo, prevê: "Assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional, para que ele possa praticar a política monetária necessária ao controle da inflação.  
3 - AÉCIO NEVES
"O Brasil tem um problema grave na Previdência, até porque aquilo que se esperava para 2026, que era um déficit em torno de 1% do PIB, infelizmente já foi alcançado este ano" 
Antonio Lacerda/EFE
O déficit atual do sistema previdenciário brasileiro não atingiu a marca projetada para 2026. Na realidade, a projeção de déficit para 2026, é de 1,53%, ou 53% maior do que o informado por Aécio. 
De acordo com as mais recentes "Projeções Atuariais para o Regime Geral de Previdência Social", documento publicado anualmente pelo Ministério da Previdência Social,  o Regime Geral de Previdência Social do Brasil deverá ter um déficit de R$ 198 bilhões, ou 1,53% do PIB (Produto Interno Bruto) projetado para o mesmo ano. 
Foto e Fonte: http://eleicoes.uol.com.br/2014Postador: Manancial de Carajás

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