Campanha de Dilma muda comando após delação de corrupção bilionária
Decisão quer afastar
a presidente da ala do PT ligada ao escândalo na Petrobras
Ao fundo, Miguel Rossetto
(de terno escuro), ministro do Desenvolvimento Agrário e José Eduardo Cardozo,
da Justiça, conversam enquanto Dilma discursa - Givaldo Barbosa / Agência O
Globo
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BRASÍLIA
- Em meio ao impacto negativo provocado pela delação de Paulo Roberto Costa,
ex-diretor da Petrobras que acusou políticos petistas e da base aliada de
envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos da estatal, a
presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu alterar o comando de sua campanha à
reeleição. O ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) assume a partir
de hoje a coordenação geral da campanha.
O
crescimento de Marina Silva (PSB) e as denúncias envolvendo políticos da base
aliada em meio a uma campanha que, há duas semanas, parecia consolidada em
favor da reeleição levaram a presidente a destacar um auxiliar de sua extrema
confiança e que parece ter mais habilidade para fazer um elo entre governo e
campanha. Rossetto assume com “autoridade” e “autonomia” dados por Dilma para
tomar decisões estratégicas a partir de agora.
A
primeira delas será a de também manter a principal adversária, Marina Silva, na
defensiva. Integrantes da coordenação da campanha petista dizem que Marina terá
que responder pelo envolvimento de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco,
morto em um acidente aéreo no mês passado, no esquema de recebimento de propina
delatado por Costa.
O
comitê de Dilma provocará a adversária a defender Campos sempre que forem
mencionadas as denúncias de Costa. A estratégia é de contra-ataque, respondendo
na linha de que Marina não representa “a nova política” no momento em que
pairam dúvidas sobre a conduta política de Campos.
Foto e Fonte: O Globo. Postador: Manancial de Carajás
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