Marina cobra programas de governo de Dilma e Aécio: 'assinar
cheque em branco é perigoso'
A presidenciável
pelo PSB falou para empresários na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro
Marina
Silva, candidata à presidência pelo PSB, participa de encontro com empresários
na Firjan, no Rio - / Ivo Gonzalez/O Globo
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RIO
- Em discurso para empresários do Rio, a candidata do PSB à Presidência, Marina
Silva, manteve o tom de críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), lembrando o
escândalo da Petrobras, e citando que o programa da petista no horário
eleitoral mostra uma ilha de fantasia onde tudo funciona. Marina cobrou de
Dilma e, também de Aécio Neves, candidato pelo PSDB, a apresentação de seus
programas de governo.
—
Assinar cheque em branco é perigoso. Onde estão os programas dos meus
adversários? Que apresentem para que possamos fazer comparação — cobrou a
candidata do PSB, durante o evento na Federação das Indústrias do Rio de
Janeiro (Firjan).
Acompanhada
do vice na chapa, Beto Albuquerque, Marina disse que está em jogo algo
grandioso e que o eleitor vai escolher se vai votar em quem tem programa ou
naqueles que têm promessas genéricas:
—
Nesse momento, o que está em jogo é algo muito grandioso: se vamos ou não
eleger um presidente com base em um programa ou com base apenas em promessas e
diretrizes genéricas. Os dois candidatos não apresentaram programa e repetem
que leram minuciosamente o nosso. Mas, por que não apresentam suas ideias para
que possamos fazer o debate?
'Dilma usa comigo a mesma tática que Collor usou com Lula'
Marina
disse que a campanha do PT está usando com ela a mesma tática que Fernando
Collor usou na campanha de 1989 contra Lula.
-
Não vale tudo para ganhar uma eleição. Vi o Collor de Mello ganhar uma eleição
do Lula usando a mesma estratégia que a presidente Dilma está usando e não foi
um resultado bom para o país, porque dividiu o país. Quero ganhar uma eleição
com base no debate, nas propostas e não na indústria da calúnia e da mentira,
do boato, do preconceito, da difamação. Lutei muito quando faziam a mesma coisa
que estão fazendo comigo na época que o Lula era candidato. O mesmo punhal
enferrujado está sendo usado contra mim - afirmou.
Meus
adversários estão desesperados, diz Marina
Sem
citar o PT, Marina declarou que aqueles que diziam querer proteger as empresas
estatais da privatização faziam o discurso dissociado da prática porque depois
envolveram a Petrobras em um escândalo. A candidata afirmou ainda estar
sofrendo todo tipo de calúnia. E chegou a se comparar a líderes como o
ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela e Martin Luther King, dizendo que
ninguém lembra de seus algozes.
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—
Estou sofrendo todo tipo de calúnia, mas estou tranquila e serena porque eles
estão apavorados pela possibilidade de perder e estamos apenas animados, mobilizados
com a possibilidade de ganhar.
Marina
lembrou também o escândalo na Petrobras para criticar Dilma:
-
Não pode ter alguém para ter apenas pedaço do estado ou fazer o que esta sendo
feito com a Petrobras. Queremos governabilidade programática.
A
candidata disse querer governar com brasileiros tendo assumindo compromisso de
que ficará apenas por quatro anos e "sabendo que vamos dialogar com
aqueles que deveriam ter responsabilidade com nova república.
Foto e Fonte: O Globo. Postador: Manancial de Carajás
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