FHC critica Dilma por não ‘saber nada’ da Petrobrás
Ex-Presidente diz
que se ela 'não viu nada' irregular, então não é 'uma gerente competente'
O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
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O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou na terça-feira, 9, em Nova
York, a presidente Dilma Rousseff e cobrou explicações sobre o novo escândalo
envolvendo a Petrobrás. “Se ela não viu nada”, afirmou, “então não é uma
gerente competente”.
Em
conversa com jornalistas, FHC disse ainda que a estatal “caiu nas mãos da
política partidária” e que a corrupção no PT é “quase uma regra”. O
ex-presidente definiu como “inaceitável” a corrupção na Petrobrás e cobrou que
as investigações sejam levadas “mais a fundo” porque se trata de “um escândalo
de grandes proporções”.
A
CPI da petroleira no Congresso, segundo ele, está muito politizada. “Eu sempre
quis que a Petrobrás fosse uma empresa e não uma repartição pública”, afirmou,
justificando porque quebrou o monopólio no setor. “A Petrobrás é a empresa mais
importante do Brasil e está se vendo que houve uma ocupação política.”
Sobre
Dilma, FHC disse acreditar que ela “não viu nada” sobre as denúncias, conforme
ela declarou em sabatina ao Estado na segunda-feira. Mas se isso ocorreu,
“então, ela não é uma gerente competente”. E acrescentou: “Acho que ela precisa
dar explicações mais consistentes. Não é um caso, são muitos, não é uma
prática, é uma constante, não é um desvio, é quase que uma regra”.
Drogas.
FHC veio a Nova York para uma reunião, no Museu de Arte Moderna (Moma), da
Comissão Global sobre Política de Drogas, por ele presidida e que tem entre
seus integrantes 21 ex-presidentes, além do ex-secretário-geral das Nações
Unidas, Kofi Annan, o escritor peruano Mario Vargas Llosa e o ex-presidente do
Federal Reserve (o banco central dos EUA), Paul Volcker.
No
encontro, o grupo apresentou um relatório com sete propostas, entre elas a
regulação do mercado para algumas drogas, como a maconha, e mudar a forma como
se lida com dependentes de drogas. FHC defendeu que os usuários não sejam
tratados como criminosos, mas que tenham acesso aos sistemas de saúde.
Foto:Divulgação. Fonte:
Estadão. Postador: Manancial de Carajás
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