Renata Martins |
Uma mulher de 30 anos que estava
desaparecida desde a segunda-feira (21) foi deixada na frente da própria casa
na manhã desta quarta-feira (23), em Santarém, oeste do Pará. De acordo a
vítima, Renata Martins Lopes, bandidos a sequestraram e a mantiveram em cárcere
privado em uma casa na Rodovia Curuá-Una (PA-370) durante os dois dias. A
vítima afirma que pelo menos mais quatro meninas são mantidas no local para
depois serem vendidas pelos criminosos.
Já no Pronto Socorro, ainda
debilitada, e com medo, ela contou à reportagem que estava na rua quando foi
pega e jogada dentro de um carro preto. Ela contou que passou dois dias em um
quarto escuro e sem comida com outras garotas. “Eles não davam comida, trancam
a gente e tem muitas outras garotas lá. Tinha umas quatro. Uma eles levaram
ontem [terça-feira]. Eles levam para vender. Vai um pessoal lá buscar. Eles
maltratam, judiam, não dão comida. A gente só fica em um quarto jogada no chão.
[Os suspeitos] São quatro pessoas, sendo uma mulher, e tem um carro preto de
vidro escuro”, relatou.
O marido, Luís Nazareno Sousa,
informou que esposa chegou a fazer contato por meio de mensagem com o pai dela
horas após ser sequestrada pedindo que o companheiro fosse avisado. Segundo
ele, ao tomar conhecimento, se dirigiu à Delegacia de Polícia Civil, e
registrou um Boletim de Ocorrência acerca do desaparecimento. Na manhã desta
quarta, ele retornou à delegacia para comunicar que a mulher havia aparecido e
informar as condições em que estava. “Só liberaram ela por causa da divulgação
na imprensa e pressão da Polícia Militar Civil. Acho que eles pegam para
traficar, para elas se prostituírem”, enfatizou Luís. “Eles
levam para vender. Vai um pessoal lá buscar. Eles maltratam, judiam, não dão
comida”, relatou a vítima.
A mãe da jovem, Rosa Helena Martins,
que mora em Manaus, soube do desaparecimento da filha na noite de terça e
viajou a Santarém. “Eu moro em Manaus e ela mora aqui. Tem quatro filhas
crianças. Ela está falando que eles ameaçaram, se ela denunciasse eles iam
acabar com a família. Eu não tenho medo porque assim como eles vieram jogar ela
na hora da minha chegada, a jogaram na calçada na entrada da casa dela, eu
tenho fé em Deus que vai guardar as filhas dela e nossa família”, disse.
INVESTIGAÇÕES: A Delegacia da Mulher e
a Delegacia de Polícia Civil já iniciaram as investigações. A delegada de PC
Márcia Rabelo informou à reportagem que foi ao hospital e, apesar da vítima não
está em boas condições, já começaram a ouvir o depoimento dela com
acompanhamento de uma assistente social.
Foto e Fonte: RG 15/O Impacto e G1. Postador: Manancial de Carajás
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