Integrantes de tribo foram
contaminados em um conflito e isolados para evitar epidemia.
Índios no Rio Envira, entre a
fronteira do Peru e do Acre,
onde fica a tribo dos Ashaninkas, em foto de 2008
- Gleison Miranda/AP
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Um confronto com um grupo não
identificado fez mal à saúde de uma tribo indígena do Acre. Sete integrantes da
Aldeia Simpatia contraíram gripe, doença contra a qual não têm defesas
naturais, e tiveram de ficar numa espécie de quarentena por seis dias, sob
forte tratamento, para evitar a disseminação de uma epidemia. Foram os próprios
indígenas que telefonaram e pediram ajuda para uma base da Fundação Nacional do
Índio (Funai). A operação, encerrada no dia 11, foi divulgada apenas na semana
passada.
Mesmo com a ligação, não foi fácil
aproximar-se dos índios, que são do povo Ashaninka. Uma equipe de emergência
chegou próximo à aldeia no dia 2 de junho, seguindo vestígios da tribo.
Inspetores da Funai, mateiros, intérpretes e um médico levaram 25 dias para
conseguir abordar os indígenas.
Novo contato mês que vem
Equipes da Funai e do ministério vão
procurar a aldeia no próximo mês, quando tentarão vacinar o maior número
possível de Ashaninkas. Apesar da resistência inicial, Rodrigues acredita que a
iniciativa pode dar certo “chegando a tempo e montando uma estrutura”. Já o
ministro da Saúde, Arthur Chioro, prometeu aumentar a equipe médica para a
população indígena. Para o plano dar certo, falta combinar com a isolada tribo
acriana, que foi vítima do ataque, mas também sabe resistir a visitas
indesejadas.
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