Acompanha Renan Calheiros e Eduardo Braga, Maria das
Graças Foster para audiência sobre Petrobras
A presidente da Petrobras, Maria das
Graças Foster, admitiu nesta terça-feira que a compra da refinaria de Pasadena,
nos EUA, foi um mau negócio. Em audiência pública no Senado, ela disse que o
Conselho de Administração da estatal aprovou a compra de Pasadena sem saber de
cláusulas importantes do contrato. Segundo Foster, era fundamental ter
conhecimento das cláusulas de Put Option e de Marlin, que não constavam do
resumo executivo apresentado pela diretoria Internacional da estatal na reunião
do conselho que aprovou a compra de 50% da refinaria no dia 3 de fevereiro de
2006.
- Hoje, olhando aqueles dados, não foi
um bom negócio. Isso é inquestionável do ponto de vista contábil. Mesmo que
margens voltem a valores mais altos, a Petrobras hoje tem outras prioridades.
Graça tentou relativizar o prejuízo da
Petrobras no investimento da refinaria, ponderando com um “valor real” do ativo
pago pela Astra Oil pela aquisição do investimento de sua antiga dona, a
empresa Crown, e comparando o valor pago pela Petrobras com outros ativos no
exterior à época. Graça ainda defendeu a presidente Dilma Rousseff, que
explicou que o conselho de administração da empresa não foi informado pela
diretoria executiva da Petrobras sobre duas cláusulas que contribuíram com o
aumento do valor pago pela estatal para aquisição de Pasadena.
- Não seguiu para o conselho de
administração da Petrobras o resumo executivo completo. Não havia menção das
duas cláusulas extremamente importantes para tomada de decisão – disse Graça.
Governo quer esvaziar pedido de CPI
A manifestação da presidente da
Petrobras na audiência pública no Senado é uma tentativa do governo federal de
esvaziar o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no
Senado para investigar denúncias sobre a aquisição da refinaria, que teria
custado R$ 1,2 bilhão à estatal.
Foto e Fonte: O Globo. Postador:
Manancial de Carajás
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