Jatene paralisa Pro Paz para evitar complicações
Máquina assistencialista de fabricar
votos às custas do dinheiro público, o programa Pro Paz, do governo estadual,
está suspenso por determinação do governador Simão Jatene. Ele se antecipou a
possível um procedimento de apuração do Ministério Público, por conta de
denúncias de favorecimento político tanto a favor do próprio Simão Jatene
quanto da filha dele, Isabela Jatene, presidente do Pro Paz, decidindo cancelar
a caravana, que tinha roteiro de visitas a 37 municípios, até o final de junho.
Em plena campanha sucessória, o governador também nutre o temor de vir a ser
denunciado por crime eleitoral.
No final de novembro do ano passado, o
então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante visita ao Pará, injetou R$
20 milhões no Pro Paz e no programa Olhar Brasil, parceiro da caravana no
atendimento oftalmológico.
É norma que o dinheiro não utilizado
no programa para o qual foi destinado seja devolvido aos cofres públicos, mas o
governo não informou se isso já foi feito. A caravana do Pro Paz já havia
percorrido, nos últimos três anos, a maioria das regiões do Estado, promovendo
atendimento médico em diversas especialidades, exames e distribuição de
remédios.
“Não avisaram nada. Suspenderam tudo, porque
ouvi dizer que a caravana fazia mais política que atendimento ao povo”, disse
um militar da PM que constantemente fazia parte da equipe que garantia a
segurança dos envolvidos no projeto.
Outro servidor do Estado, pedindo para
não ter o nome divulgado, disse que Jatene “ficou com medo” que a Justiça
determinasse a paralisação do programa. “Dizem que a filha do governador é
candidata e já estava fazendo campanha eleitoral aproveitando-se do Pro Paz”, afirmou
uma médica da equipe.
Foto: Divulgação. Fonte: Diário do Pará. Postador: Manancial de Carajás
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