Pará vai exigir hidrovia Araguaia-Tocantins
Depois de inflamados debates que em
situação bastante embaraçosa o representante do DNit, o 1º Seminário de
Logística da Amazônia terminou, ontem à noite, com uma proposta para tentar
salvar o projeto de derrocamento do Pedral do Lourenço e a própria Hidrovia do
Tocantins. Realizado no Hangar, o encontro firmou, por consenso dos
participantes, a convicção de que, se não houver pressão política sobre as
autoridades de Brasília, irão para o limbo todos os empreendimentos logísticos
do Pará. Uma reunião será agendada com a direção do DNit para cobrar uma
decisão conclusiva e a licitação imediata da obra.
Empresários, técnicos do setor,
membros da academia e executivos de empresas ligadas às atividades portuárias e
de navegação deixaram claro que já não acreditam que exista, da parte do
governo, o menor interesse em levar adiante o projeto. Para eles, a decisão do
DNit, de arquivar o estudo realizado pela Faculdade de Engenharia Naval da
UFPA, para se fixar num projeto custeado pela Vale para o Ministério dos Transportes,
reflete a falta de compromisso do governo para com o empreendimento.
A reação mais impetuosa partiu do
presidente do Sindicato dos Armadores do Pará (Sindarpa), Eduardo Carvalho.
Ele, que é vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Navegação,
disse que a decisão de não implantar a hidrovia do Tocantins é política e tem
que receber uma resposta política. Como 2014 é ano eleitoral, Eduardo Carvalho
destacou que a população paraense como um todo deve ser mobilizada com esse
objetivo. “Se ela diz não ao Pará, o Pará tem que dizer também não à reeleição.
Se ela nos vira as costas, os eleitores do Pará também devem lhe virar as
costas”, disse ele, referindo-se à presidente Dilma Rousseff.
Foto e Fonte: (Diário
do Pará). Postador: Manancial de Carajás
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