Sofrimento judicial de João Salame no TRE-PA é adiado pela
terceira vez
Já
perdura por três semanas a angústia do prefeito de Marabá, João Salame Neto,
porque na pauta do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA) está o
julgamento de uma ação de investigação eleitoral contra ele, a qual pode
tirá-lo do cargo de gestor municipal.
Salame
é acusado de distribuir combustível a seus correligionários durante a campanha
eleitoral de 2010, quando ele tentava a reeleição para o cargo de deputado
estadual pelo PPS, seu ex-partido.
O
julgamento do caso iniciou no dia 11 de outubro último, e o prefeito Salame
pegou de cara uma derrota dos dois votos mais importantes: a relatora do
processo, desembargadora Ezilda Pastana, e da revisora, desembargadora Eva de
Amaral. Faltavam outros cinco votos, mas um juiz acabou pedindo vistas no
processo e o caso foi adiado para a semana seguinte.
A
retomada do julgamento foi adiada mais uma vez para a próxima quinta-feira, 24,
mas depois antecipado para hoje, terça-feira, 22. Todavia, como a relatora Eva
de Amaral está viajando, o julgamento foi, de novo, jogado para a próxima
semana.
A
situação está repercutindo na administração do município de Marabá, porque o
prefeito tem passado as últimas semanas em Belém para acompanhar o julgamento e
tentar, com seus advogados, convencer os demais desembargadores que não cometeu
crime algum e que estes votem a seu favor.
Solidariedade
O
PT, partido do vice-prefeito de Marabá, Luiz Carlos Pies, emitiu uma nota de
solidariedade ao gestor municipal, dizendo que “O Partido dos Trabalhadores,
através da sua Executiva Municipal de Marabá, manifesta irrestrita
solidariedade ao Prefeito Municipal, João Salame Neto, cujo mandato,
conquistado pelo voto popular, está ameaçado de cassação por uma equivocada
ação criminal eleitoral, em processo de julgamento no Tribunal Regional
Eleitoral.
Na
crença de que, ao final do julgamento, seja feita justiça, mantendo-se a
vontade popular que o elegeu Prefeito do nosso município, reiteramos nossa
solidariedade ao companheiro João Salame e o compromisso inarredável de
continuar a ajudá-lo a governar Marabá com participação popular, a fim de
promover as mudanças que Marabá precisa e o nosso povo tanto almeja”.
Um
entendimento jurídico avalia que caso Salame seja cassado, o vice-prefeito Luiz
Carlos Pies não assumirá o cargo, nem mesmo o segundo colocado nas eleições de
2012, no caso o deputado estadual Tião Miranda. O TRE anunciaria novas
eleições, em função de Salame ter alcançado mais de 50% dos votos.
No
caso de Luiz Carlos, não se tornaria prefeito porque o TSE interpreta que a
chapa é indivisível, apesar de o suposto crime eleitoral ter sido cometido em
outra eleição.
Foto:
Arquivo Manancial. Fonte: blog do Ze Dudu/por Paulo Costa – de Marabá. Postador: Manancial de Carajás
Nenhum comentário:
Postar um comentário