Líder do governo sugere barrar imprensa no plenário da Câmara
Moraes
Filho da redação do Manancial de Carajás, com informações do Estadão
Deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) |
Depois
de o plenário da Casa ser invadido pela segunda vez em quatro meses na
terça-feira, 20, líderes da Câmara se reuniram nesta quarta, 21, para debater
mudanças nas regras de segurança. A intenção é restringir o acesso de
visitantes e manifestantes. Entre as propostas levantadas, está a de proibir a
entrada da imprensa dentro do plenário, medida que não foi adotada nem sequer
durante a ditadura militar.
A
sugestão de impedir a atuação da imprensa dentro do plenário foi levantada pelo
líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). “No plenário, a não ser
parlamentar e assessor, não pode entrar ninguém. Isso é em qualquer Parlamento
do planeta. Inclui a própria imprensa. A imprensa não pode, como às vezes
acontece, entrevistar um líder ao lado do microfone”, afirmou o petista. A
ideia obteve apoio de alguns líderes na reunião.
O
primeiro secretário da Casa, Márcio Bittar (PSDB-AC), comandará o debate sobre
as novas regras de segurança. Ele não quis adiantar sua posição sobre a
possibilidade de incluir a proibição da atuação da imprensa na norma.
À noite,
o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que não
apoiará a proposta e que a intenção é apenas pactuar com jornalistas regras de
atuação dentro do plenário, evitando, por exemplo, a ocupação da parte central,
de uso exclusivo dos deputados.
Entre
as medidas em estudo está a de criar mecanismos para que os visitantes tenham
acesso a apenas lugares específicos. Por exemplo, um cidadão que deseja visitar
um gabinete ou acompanhar uma comissão não teria livre-acesso pela Casa. Também
passaria a ser mais rígido o controle da entrada do Salão Verde, espaço que dá
acesso ao plenário.
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