Marco Feliciano pede veto a projeto sobre atendimento a vítimas
de estupro
Moraes
Filho da redação do Manancial de Carajás, com informações da Folha.com
O
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Marco
Feliciano (PSC-SP), encaminhou um ofício nesta quarta-feira (17) à presidente
Dilma Rousseff pedindo o veto a um projeto aprovado pelo Congresso que
determina o atendimento imediato em hospitais das vítimas de violência sexual.
Para
os religiosos, a medida é uma manobra para ampliar as previsões legais para
interrupção da gravidez. Atualmente, o aborto é permitido no país em caso de
estupro, risco de vida para a mãe ou de fetos com anencefalia.
No
documento enviado para Dilma, Feliciano afirma que a violência sexual "é
uma das mais terríveis modalidades de violência contra o ser humano e que deixa
sequelas não apenas no corpo, como também na alma e no coração das
vítimas".
Na
avaliação do deputado, a medida amplia a possibilidade de qualquer mulher
busque a rede pública a fim de realizar um aborto.
"O
aborto não é um direito e sim um crime previsto pela Constituição. Além de
tudo, não podemos correr o risco de que mulheres vítimas de violência sexual
sejam induzidas a essa prática, mesmo tendo convicções contrárias, e tome
remédios abortivos. Além de cometer um crime, elas estarão atentando contra a
própria vida", disse Feliciano.
Além
de Feliciano, representantes de entidades religiosas também se reuniram nesta
quarta-feira com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Gleisi
Hoffmann (Casa Civil) para pedir o veto ao projeto.
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