Moraes Filho da redação do Manancial de
Carajás, com informações do jornalista Val-André Mutran – de Brasília
Enquanto prosseguem os preparativos de uma grande mobilização popular que
promete interromper o tráfego de veículos na BR-155, na saída de Redenção e na
entrada de Xinguara, na próxima segunda-feira, 15. Uma reunião na tarde desta
quarta-feira, 10, em Brasília na sede do Dnit com o diretor geral general Jorge
Ernesto Fraxe e sete deputados federais: Asdrúbal Bentes (PMDB), Miriquinho
Batista, Beto Faro, Zé Geraldo (PT), Giovanni Queiroz (PDT), Zequinha Marinho
(PSC) e o ex-Deputado Federal Paulo Rocha; negociou uma série de medidas de
emergência para evitar o transtorno à população que resultaria no fechamento da
mais importante via rodoviária do Pará.
Após
ser informado pelos parlamentares que a empresa Guizard Jr. não estaria
realizando as obras a contento, ocasionando uma piora da situação que já era de
calamidade ao longo da estrada, o diretor geral do Dnit acertou com os
deputados que despacharia na quinta-feira, 11, o engenheiro Mário Eduardo,
chefe dos serviços de engenharia da Superintendência do Dnit/PA, que se
deslocaria de Belém para Xinguara imediatamente, e escalou um corregedor e um
engenheiro auditor que seguiria de Brasília também até Xinguara no dia
seguinte.
O
general que dirige com mão de ferro o Dnit por determinação da própria presidente
Dilma Rousseff demonstrou irritação com o descaso em que se encontra a BR-155 e
partiu para algumas determinações. “Não vou mais admitir esse descaso com o
Pará e com esta rodovia, pois sei muito bem quando ‘servi’ na região como
tenente, a importância da mesma para o desenvolvimento da região”, afirmou.
“Caso
o corregedor e o engenheiro auditor identifique qualquer violação do contrato
multarei de maneira rigorosa a empresa. E mais, se houver leniência da
superintendência do Pará com esta situação, abrirei um procedimento
administrativo contra os responsáveis pela unidade”, prometeu Fraxe aos
deputados.
Medidas
emergenciais – Para ao menos tentar atingir a meta de recuperar algumas das
mais deficientes rodovias federais do país, o Ministério dos Transportes
trabalha para chegar até junho com um Crema – mecanismo que garante modalidade
de terceirização que é o Contrato de Reabilitação e Manutenção de Rodovias.
Técnicos do Dnit, segundo o general Fraxe estimam o valor de aproximadamente R$
400 mil por quilômetro para a recuperação do primeiro trecho de Redenção à Xinguara. Nos demais trechos, o
preço pode superar a quantia de mais de R$ 1 milhão por quilômetro, de Xinguara
até Marabá, na BR-155. “A licitação será de responsabilidade do Dnit nacional e
a publicação do edital será publicado em Brasília”, garantiu Fraxe.
Uma
das vantagens do Crema em relação à contratação de uma construtora apenas para
fazer a recuperação é que a empresa se sente forçada a fazer a obra com a
melhor qualidade possível. Se o trabalho for mal feito, o custo de manutenção
nos anos seguintes será maior, reduzindo o lucro da própria empresa. “Queremos
toda a BR-155 no Crema”, disse o diretor geral Jorge Ernesto Fraxe.
Interrupção
– A Associação Comercial de Xinguara e de Redenção são algumas das entidades da
sociedade civil organizada a frente da organização da paralisação da rodovia
BR-155 entre Redenção e Xinguara, a partir das 6 horas da manhã da próxima
segunda-feira, 15.
Ao final da reunião em Brasília, de comum acordo com a
direção do Dnit e designado pelos colegas deputados federais, uma comissão
liderada pelo deputado Zequinha Marinho (PSC) segue com dois altos funcionários
do Dnit para Redenção e Xinguara para abrir as negociações com os líderes do
protesto no sul do Pará.
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