No STF, defesa do pastor Marco Feliciano diz que a Bíblia e a
história mostram que continente africano foi amaldiçoado
Moraes Filho da redação do Manancial de
Carajás, com informações da Gospel +
A defesa de Marco Feliciano (PSC-SP) apresentou seus argumentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) no caso em que ele é acusado de discriminação, por dizer em sua conta no Twitter que “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, à rejeição”.
Num trecho do documento de defesa, o advogado Rafael Novaes da Silva, que representa o pastor, menciona as acusações de racismo feitas contra Feliciano e diz que nesse episódio foi feita apenas uma citação de um trecho do livro de Gênesis, em que Noé amaldiçoa um neto, que depois , teria migrado para a região onde hoje é o continente africano.
O texto de defesa diz que “ao comentar acerca da maldição que acomete o continente africano e do primeiro caso de homossexualismo da humanidade, o parlamentar denunciado na verdade discorreu sobre a crença dos cristãos de os problemas e obstáculos não surgirem necessariamente de atos do governo e ou empresários, mas do Céu, ou seja, como se a humanidade expiasse por um carma, nascido no momento em que Noé amaldiçoou o descendente de Cão [Cam] e toda sua descendência, representada por Canaã, o mais moço de seus filhos, e que tinha acabado de vê-lo nu”.
Na apresentação dos argumentos, a ideia de que, embora a maldição tenha existido, Jesus a eliminou é ressaltada: “Toda maldição é quebrada na Cruz de Cristo. Tem ocorrido isso no continente africano. Milhares de africanos têm devotado sua vida a Deus e por isso o peso da maldição tem sido retirado”, sustenta o texto, que observa a didática bíblica como forma de reforçar sua tese: “A linguagem metafórica com que vários ensinamentos cristãos são divulgados só confirma como as manifestações do parlamentar denunciado possuem natureza teológica”.
Informalmente, o deputado já argumentou a respeito da maldição usando como ilustração um poema de Castro Alves, que era abolicionista e cita a maldição bíblica em sua obra.
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