Feliciano condiciona renúncia à saída de deputados petistas da CCJ
Segundo relato de alguns líderes, durante a reunião, Marco
Feliciano colocou-se na condição de vítima e se comprometeu a evitar
declarações polêmicas.
Moraes Filho da redação do Manancial de
Carajás, com informações da Agência Brasil
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da
Câmara, deputado Marco Feliciano, após reunião
de líderes partidários no gabinete da presidência
da Câmara dos Deputados
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O
presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), deputado Pastor
Marco Feliciano (PSC-SP), ignorou o apelo feito nesta terça-feira (9/4) pela
maioria dos líderes da Câmara para que ele renunciasse ao cargo. O deputado é
acusado de racismo e homofobia e também de estelionato.
Como
condição para renunciar à presidência da comissão, Feliciano exige que o PT de
retire os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) da Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ), por terem sido ambos condenados pelo Supremo
Tribunal Federal (STF). A condição imposta por Feliciano não foi aceita.
Já
o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), acusou Feliciano de estar se “aproveitando
politicamente” da polêmica. “Ele negou os pedidos para sair e se propôs a
continuar. Entendemos isso como um grande desrespeito. Ele sabe que está
lucrando econômica e politicamente com isso”, criticou Valente.
Ao
final do encontro com os líderes, Feliciano evitou a imprensa e pediu apenas
que lhe dessem uma chance para trabalhar. O deputado disse que, desde que
assumiu a presidência do Conselho de Direitos Humanos e Minorias, já perdeu
seis quilos e que está “tentando viver”.
Na
reunião dos líderes, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
revogou o requerimento aprovado na semana passada na comissão, a pedido de
Feliciano, para impedir o acesso de manifestantes às reuniões do colegiado.
Com
isso, as próximas reuniões serão abertas, mas Feliciano poderá restringir o
acesso de pessoas, caso considere que isso seja necessário para o bom andamento
dos trabalhos. “Amanhã (10), nós vamos abrir a sessão. Se houver manifestação,
vamos ao regimento, Artigo 272”, disse Feliciano.
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