Em
defesa de Feliciano, PSC critica 'mensaleiros' na Comissão de Justiça
Moraes Filho da redação do Manancial de
Carajás, com informações da Folha de São Paulo
O
líder do PSC na Câmara dos Deputados, Andre Moura (SE), subiu o tom do discurso
em defesa pela permanência do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) no comando da
Comissão de Direitos Humanos e disse que os parlamentares do PT não têm
credenciais para cobrar a saída dele porque indicaram "dois
mensaleiros" para a principal comissão da Casa.
Inicialmente,
o PSC chegou a pedir a saída de Feliciano do posto, mas ontem recuou, e assumiu
a blindagem do parlamentar.
A
cúpula do PSC chegou a lembrar que esteve com o governo Lula e que ajudou a
eleger a presidente Dilma Rousseff.
O
PT indicou para a Comissão de Constituição e Justiça os deputados José Genoino
(SP) e João Paulo Cunha (SP).
Os
dois foram condenados no ano passado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) pelos
crimes no mensalão, esquema que desviou recursos públicos para financiar a
compra de apoio político no Congresso nos primeiros anos do governo Lula.
"Por
que não pegar um espelho e olhar para si mesmo e perguntar: por que o PT indica
para a Comissão de Constituição e Justiça dois mensaleiros condenados pela mais
alta Corte deste país, o STF? Será que julgar a indicação do Feliciano, pelo
PSC, é correto para um partido como o PT, que, volto a repetir, indicou dois
mensaleiros condenados?", afirmou.
Parlamentares
do PT têm defendido abertamente a saída de Feliciano. O partido costumava
comandar a comissão, mas abriu mão ao optar por outros colegiados. Para Moura,
o discurso dos petistas é de "falsos moralistas".
"Se
é para moralizar esta Casa, vamos começar pela Comissão de Constituição e
Justiça. O PT deveria avaliar sua posição quanto às indicações na Comissão de
Constituição e Justiça antes de criticar o PSC", disse.
Eleito
neste mês para o comando da comissão, Feliciano tem sido criticado por opiniões
consideradas homofóbicas e racistas.
O
deputado nega e diz que defende posições comuns a evangélicos, como ser contra
a união homossexual. Ele é pressionado a sair, mas diz que não vai entregar o
cargo.
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