Rombo financeiro vai afetar até o calendário
escolar em Marabá
Moraes Filho da redação do Manancial de Carajás,
com informações de Ulisses Pompeu – Blog Zé Dudu.
Prefeito João Salame, recebeu a prefeitura problematica |
Até na Secretaria
Municipal de Educação (SEMED) em Marabá, onde se pensava que os problemas não
eram grandes, bastou a primeira semana do novo governo para se perceber que o
desastre financeiro afetou também a secretaria que mais recebe recursos do
governo federal. Por conta disso, o calendário escolar para 2013 deverá ser
alterado, com as aulas iniciando apenas no dia 4 de fevereiro, e não em 15 de
janeiro, como estava previsto.
Essa proposta foi
discutida durante uma reunião entre o prefeito João Salame Neto (PPS) e os
secretários municipais, que decidiam um plano emergencial para enfrentar a
crise financeira por que passa o município, considerada herança maldita deixada
pelo ex-prefeito, Maurino Magalhães de Lima.
Ficou acertado que João
Salame dará uma entrevista nesta, quarta-feira, 10, onde vai repassar à
Imprensa e à sociedade local todo o conteúdo do Plano Emergencial de gestão
para os próximos 180 dias.
Na educação, segundo levantou com exclusividade a
reportagem deste blog, não há condições para iniciar o ano letivo no dia 15
deste mês por um conjunto de problemas: Não há merenda escolar suficiente, não
houve licitação para os produtos, as empresas que fornecem os produtos básicos
estão sem receber os pagamentos.
Outro impasse é a grande
demanda por matrículas, principalmente nas escolas da zona urbana. O número de vagas nas 95 escolas existentes
não é suficiente e a equipe técnica da Semed terá de procurar prédios para
alugar para poder absorver a grande quantidade de alunos que correm o risco de
ficar de fora da sala de aula este ano.
Dos mais de 60 prédios de terceiros, muitos deles estão com aluguéis
atrasados e isso também tem preocupado a equipe gestora da Secretaria de
Educação.
Para confirmar o adiamento
do ano letivo, será realizada uma reunião ainda esta semana com os diretores
das escolas municipais para discutir a proposta de um novo calendário escolar.
Na secretaria de Obras,
ficou definido que a cidade vai passar por um mutirão de limpeza, que iniciou
ontem, segunda-feira, além da retomada de várias obras que estão paralisadas.
Na Secretaria de Assistência Social, ficou acertado que será feita aquisição de
equipamentos e contratação de pessoal para que os programas sociais, como o
Bolsa Família, sejam reativados para que a população mais carente não fique
desassistida.
Salários atrasados
Também ontem, em reunião
com sindicalistas, o prefeito João Salame apresentou o que ele chamou de
“política de austeridade geral”. Ele revelou que nos últimos dias do governo de
Maurino Magalhães havia R$ 18 milhões nas contas da Semed, repassados pelo
governo federal, mas não se sabe por que, restou apenas R$ 1 milhão e Salame
prometeu responsabilizar judicialmente os responsáveis por esse saque.
Salame revelou aos
sindicalistas que na economia de guerra, vai assinar um decreto suspendendo
todos os patrocínios e convênios por um período de seis meses.
Sobre os salários
atrasados dos servidores, o prefeito disse que pagará o mês de janeiro até o
dia 20 deste mês, e caso haja verba suficiente até o final do mês, pagará
também o mês de dezembro para os educadores.
Salame também garantiu que
fará o pagamento do vale-transporte atrasado nesta quinta-feira, dia 10. Quanto
ao vale-alimentação, o prefeito acordou com os sindicalistas que a prioridade
serão os servidores de nível fundamental e médio, considerados os mais
carentes. Como o atraso do vale chega até a oito meses, de acordo com a
secretaria, Salame advertiu que não
garante quitar todos ao mesmo tempo, e que precisará fazer um acordo com alguns
supermercados da cidade para abrir crédito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário