O dono de um supermercado confessou ser o mentor do crime
Dois suspeitos foram presos |
As
Polícias Civil e Militar desarticularam, em operação integrada, os planos de
uma quadrilha de assaltantes que pretendia assaltar uma agência bancária, em
São Félix do Xingu, sudeste do Pará. O comerciante Gilson Gomes de Sousa,
apontado como mentor do crime, e um dos apoiadores do bando, foram presos por
participação no esquema.
Nesta
terça-feira, 13, o comerciante confessou em depoimento ser o idealizador do
assalto na modalidade conhecida por “sapatinho”, no qual familiares do gerente
do Banco do Brasil do município foram sequestrados e o bancário passou a ser
coagido a pagar mais de R$ 500 mil de resgate.
As prisões foram realizadas, ao
longo do dia de ontem, logo após a Delegacia de São Félix do Xingu receber
informação de que bandidos haviam sequestrado a família do gerente.
A
delegada Claudilene Maia, titular da Polícia Civil no município, junto com o
investigador Sóter Mesquita, confirmaram a veracidade do crime, e em conjunto com a
guarnição da PM comandada pelo subtenente Rodrigues, iniciaram as buscas.
Sequestro- Segundo o gerente, os
bandidos invadiram a casa do bancário, e ali fizeram reféns a esposa e o filho
dele, de 5 anos, que foram levados no carro do gerente para uma mata.
A vítima
relatou que dois homens tocaram a campainha da casa, por volta de 06h30.
Depois, ao ser aberta a porta, os bandidos entraram já armados. O gerente foi
levado até o banco, para que retirasse do local um valor superior a R$ 500 mil
para que libertassem os reféns.
Como era cedo para início do horário bancário,
uma guarnição da PM em ronda no local desconfiou da presença do gerente ali.
Assim o fato foi informado aos policiais.
Com
as investigações preliminares do caso, a equipe policial chegou à área para
onde os bandidos levaram os reféns, situada na estrada conhecida como Vicinal
Aciole. O investigador Sóter juntamente com os policiais militares – sargento
Edvaldo e soldado Laerte – montaram uma barreira na estrada.
Durante a ação
policial, os policiais avistaram uma caminhonete Saveiro que trafegava no
sentido contrário aos dos policiais. Contudo, antes da abordagem, os ocupantes
do carro saíram em fuga para dentro da mata ao ver os policiais, abandonando o
veículo.
Em revista no interior do carro, os policiais apreenderam 42 munições
intactas de calibre 12; uma munição de calibre 9mm, dois coldres, três
máscaras tipo balaclava, roupas e uma lanterna.
Os policiais encontraram, perto
do carro, uma espingarda calibre 12 jogada no chão. Os policiais passaram a
perseguir os suspeitos na mata até ocorrer uma troca de tiros. Durante a
tiroteio, o capitão Pontes, da PM local, foi atingido na barriga. Ele foi
socorrido e passa bem.
Os
policiais passaram a fazer barreiras de fiscalização nas estradas da região,
durante as quais, um carro tipo Fiat foi abordado. No interior do veículo,
havia água e mantimentos que serviriam para dar suporte material no cativeiro.
Elvécio Pereira Sobrinho, que conduzia o carro, foi preso. Com o cerco
policial, os bandidos abandonaram o local em que mantinham os reféns no maio da
mata.
A esposa e o filho do gerente foram libertados e saíram em fuga até serem
resgatados pelos policiais civis e militares, e levados à Delegacia.
Depoimento- A esposa
do gerente do banco foi ouvida em depoimento na sede da Delegacia pela delegada
Claudilene Maia. À policial civil, ela confirmou que alguém estaria levando
água e alimentos para o cativeiro. Esse pessoa era Elvécio, que confessou, em
depoimento, a participação no crime.
Ele delatou o envolvimento no crime de
Gilson Gomes de Sousa, comerciante da cidade, como o mandante e idealizador do
sequestro.
A Superintendência Regional do Araguaia Paraense, por meio do delegado Clóvis Bueno, determinou que o Núcleo de Apoio à Investigação (NAI), de Redenção, por meio do delegado Lúcio Flávio Filho, assumisse a presidência do inquérito policial do caso.
Os presos irão responder por extorsão mediante sequestro com roubo dos telefones celulares das vítimas, e ainda por tentativa de homicídio contra o policial militar e formação de quadrilha ou bando, do Código Penal
Foto e Fonte: Polícia Civil. Postador: Manancial de Carajás
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