Hospital Regional de Santarém, administrado pela Pró-Saúde, vai aderir ao movimento
Os servidores reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A paralisação deve afetar de imediato os serviços de Raio-X e realização e resultados de exames. Na semana passada, os anestesiologistas cruzaram os braços diante do atraso de pagamento.
A queixa dos servidores se refere, principalmente, com os que tiram plantão à noite. Segundo o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), José Francisco, o esquema de revezamento foi decidido a fim de evitar que a população paraense seja a maior prejudicada. “Nós vamos parar de dois em dois até porque a população não tem culpa”, frisou Francisco.
Ele afirma que os trabalhadores não recebem aumento de salário há 15 meses, sendo que a data-base venceu em setembro passado. “Os trabalhadores não recebem o adicional de insalubridade – que é de 20% do salário.
O trabalho é de alto risco, as vezes se sujam de sangue contaminado e até de fezes do paciente”, ressaltou. As péssimas condições de trabalho também se referem a pouca logística e infraestrutura dos hospitais para os servidores. “Quem trabalha à noite, enfrenta uma jornada de 12 horas e não pode tirar uma hora sequer para o descanso e mesmo que pudesse não tem espaço para que eles possam fazer isso. Não existe uma sala preparada com poltronas para relaxar. Nem jantar é servido para eles”, informou.
Os hospitais regionais de Breves, Altamira, Santarém, Marabá, Redenção e Metropolitano são administrados pela Pró-Saúde, instituição que, na concepção de Francisco, não estaria cumprindo a sua parte no acordo coletivo. São mais de quatro mil servidores nestes hospitais.
Em Altamira, Oeste do Pará, a paralisação já foi deflagrada desde o mês passado. Lá, o hospital regional está funcionando apenas com 50% dos trabalhadores.
O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) informou que não há previsão de greve. Foi enviado e-mail sobre as denúncias à Assessoria de Comunicação da Pró-Saúde em São Paulo, mas não houve resposta.
Foto e Fonte: RG 15/O Impacto e Diário do Pará. Postador: Manancial de Carajás
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