Cerca de 30 pessoas encapuzadas e portando pedaços de pau depredaram e saquearam instalações em um dos canteiros da obra
A ação ocorreu menos de 24 horas após um incêndio destruir quatro galpões de lona usados para a estocagem de material, em outro canteiro da mesma obra. Ninguém foi preso nem se feriu.
A Polícia Civil e os bombeiros investigam os casos. Uma das hipóteses a serem apuradas é a eventual ligação dos incidentes com o processo de renovação do acordo coletivo de trabalho dos operários, que começou neste mês.
O incêndio aconteceu na noite de sexta-feira (9), véspera de uma assembleia geral dos trabalhadores, no sítio Belo Monte, o maior canteiro de obras da hidrelétrica.
Segundo o tenente dos bombeiros de Altamira (PA) que comandou a operação no local, Gilmares da Silva, o fogo destruiu “totalmente” os quatro galpões, onde havia equipamentos de proteção, material hidráulico e elétrico.
“Quando chegamos, a brigada interna de segurança já combatia o fogo com carros-pipa e os operários estavam no refeitório”, declarou Silva. Ninguém sabe o que provocou o incêndio. O resultado da perícia sai em 15 dias.
No sábado, as depredações e o saque aconteceram no sítio Pimental, durante a assembleia dos operários com o sindicato da categoria.
O grupo de encapuzados forçou o fim do evento e, segundo a polícia, tentou impedir a saída dos ônibus que transportavam funcionários.
Houve confusão e quebra-quebra. De acordo com o CCBC (Consórcio Construtor Belo Monte), computadores, mesas, cadeiras e arquivos da empresa foram destruídos.
Ainda segundo o consórcio, houve tentativa de incêndio em uma cozinha. Uma farmácia e a lanchonete do canteiro de obras também foram depredadas. O dinheiro que estava nos caixas sumiu.
Um helicóptero da Polícia Civil foi ao local, mas os policiais não conseguiram identificar os responsáveis. “Assim que nos viram, os encapuzados se misturaram aos operários”, disse o superintendente regional da Polícia Civil, Cristiano Nascimento.
SINDICATO
O vice-presidente do Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Pará), Regimel Gobbo, negou que o vandalismo tenha sido cometido por trabalhadores.
Cerca de 15 mil pessoas trabalham nas obras da hidrelétrica.
Foto e Fonte: Folha de São Paulo. Postador: Manancial de Carajás
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