Marabá: Juiz manda prender outro secretário de Maurino. Agora por desobedecer ordem judicial, foi a vez do Sec. de Saúde.
Por Ulisses Pompeu – de Marabá
Esta terça-feira, dia 23, pode ser considerado
como dia negro para a administração municipal de Marabá. No início da
manhã, a Justiça cumpriu dez mandados de arresto e apreensão de bens de
dez pessoas e duas delas foram presas.
Por volta de 15 horas desta
terça-feira, o juiz César Dias França Lins, que responde interinamente
pela 3ª Vara Cível da Comarca de Marabá, deu voz de prisão ao secretário
municipal de Saúde, Nilson da Costa Piedade, por descumprir
determinação judicial.
A prisão aconteceu durante uma inspeção que o
magistrado coordenava ao Hospital Municipal de Marabá, na companhia de
representantes do Conselho Municipal de Saúde, da Procuradoria Geral do
Município, além de vários técnicos da Secretaria de Saúde e de
profissionais do HMM.
Entre os problemas mais graves, na avaliação do
juiz César Lins, está a falta de medicamentos em vários setores,
inclusive de materiais no Centro Cirúrgico daquela casa de saúde. “Esses
problemas nunca foram resolvidos e a Justiça precisa dar uma resposta à
própria determinação judicial”, observa o magistrado.
Após a prisão em flagrante, o secretário de Saúde
foi conduzido pela Polícia Militar para a 21ª Seccional Urbana de
Polícia Civil da Nova Marabá, onde foi lavrado um TCO (Termo
Circunstanciado de Ocorrência) pela delegada Simone Felinto.
Em
entrevista ao blog, logo após prestar depoimento, o secretário disse que
já cumpriu mais de 80%¨dos itens que haviam sido determinados pela
Justiça para o HMM. “Cheguei a pedir exoneração do cargo, mas o prefeito
não aceito. Só podemos solucionar os itens que faltam se houver
recursos para isso”, ressaltou.
A Prefeitura não cumpriu uma determinação para
solucionar o problema da falta de suprimento total e adequado do
Hospital Municipal de Marabá com medicamentos, insumos hospitalares,
material de expediente, de limpeza, entre outros produtos de manutenção
do hospital, de acordo com a listagem encaminhada pela diretoria
administrativa do HMM à Secretaria Municipal de Saúde.
O Ministério Público Estadual havia pedido a
solução dos problemas do HMM de forma célere, mas a juíza Maria Aldecy,
titular da 3ª Vara, ponderou no início deste ano que eles realmente eram
preocupantes e deferiu em parte os pedidos liminares, enumerando 37
medidas que deveriam ser adotadas pela administração municipal em quatro
etapas: 45 dias, 90 dias, 180 dias e um ano.
Foto e Fonte: blog do ze dudu. Postador: Manancial de Carajás
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